terça-feira, 29 de março de 2011

Adriano e seus dois grandes momentos no Corínthians: o da entrada e o da saída.



Adriano e seus dois grandes momentos: o da entrada e o da saída. OU... cantando a pedra.

Mesmo as coisas mais mundanas, aquelas que elegemos para preencher o vazio da nossa existência com aquelas ocupações que um grande filósofo católico chamou de "dissipação", de vez em quando nos traz contrariedades.

É o caso do meu Corinthians e a contratação de um cara que já foi um grande jogador de futebol e, que dedica-se atualmente à profissão de encrenqueiro, ou seja, Adriano.

A diretoria do Corinthians tenta capitalizar a contratação do combalido jogador, tentando gerar volume e polêmica junto à imprensa. Mas, o passado e o comportamento do tal jogador, durante suas últimas contratações fala bem mais alto.

Quanto a mim, digo que a contratação de Adriano pelo Corinthians, como em outras ocasiões, terá dois grandes momentos: o momento em que vai entrarpela porta da frente vestindo o manto sagrado, e o segundo outro, quando sairá pelas portas do fundo, depois de não ter rendido grande coisa e criado muita confusão.

Eu sou um torcedor, mas confesso que, às vezes, acho muito difícil entender o que se passa no mundo futebol e na cabeça dos dirigentes futebolistas...

Pior do que isso, só ver um ex-presidente babaca tentar dar pitaco sobre a contratação do cara, numa fala que soou mais falsa que uma nota de três reais.

Sim, Adriano foi um grande jogador. Mas, isto já passou. Depois das lembranças de seus gols fantásticos, ele fez questão de inculcar na mente dos fãs do futebol notícias e imagens lamentáveis. Duas delas: uma foto sua, à bordo de uma motocicleta pilotada por um perigoso traficante de drogas e, a notícia sobre o espancamento da namorada.

E é preciso mais?

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FMI, Portugal, um ex-presidente da república e um título de "doutor honoris causa"...



FMI, Portugal, um ex-presidente da república e um título de "doutor honoris causa"...

Manchete da Folha, de hoje: "Lula sugere que Portugal peça ajuda a Dilma para sair da crise."

Portugal está na pindaíba. Os fatores porque se encontra assim são vários, mas o fato é que a coisa já não ia bem e veio a crise financeira mundial que atingiu a Europa em cheio e, agora, o nível de desemprego está em 7%, o deficit das contas públicas só aumenta, o governo enfrenta uma pesada onda de greves, e a juventude portuguesa só pensar em emigrar do país. Numa hora dessas, recorrer ao FMI é mais que uma opção formal ou oportunista, é uma imposição ditada pelo bom senso.

Mas, de repente, entra um sujeito abelhudo nesse história, o ex-presidente do Brasil, Luiz Inácio da Silva. À à bordo da informação sobre a concessão de um título de "doutor honoris causa" por uma universidade portuguesa, ele discursou via imprensa ao país europeu como se falasse ao governo de país do terceiro mundo, dizendo espantosamente que o governo português deve evitar a recorrência ao FMI, preferindo em lugar disso, recorrer à presidente do Brasil, sua companheira de partido.

Disto, podemos tirar três conclusões sobre a "privilegiada" visão do ex-presidente brasileiro sobre a questão:

1. Mesmo quando aparenta boa vontade, ele destila agressividade e, acaba por demonstrar o que vai no recôndito de sua mente. Neste caso, porque lhe falta autoridade e competência para discutir sobre um assunto do governo e do povo português e, por outro lado, indica claramente que ele, apesar da experiência, ainda é capaz de lançar mão de um velho e infantil ramerrão da esquerda - o "fora FMI", apenas para se promover, a despeito da gravidade da situação envolvida;

2. A despeito do Brasil ser sócio fundador do Fundo Monetário Internacional - FMI, e o governo ter recorrido diversas vezes ao uso dos seus empréstimos a juros privilegiados em hora difíceis (causadas por falta de governança séria e de pé no chão), nosso ex-presidente, interpretando o governo português como um igual aos imorais governos que presidiu, acha que a solicitação de empréstimo ao FMI é inaceitável, em virtude das justas exigências apresentadas pela Entidade em relação ao controle dos gastos governamentais; e

3. Dizendo que o governo português deve preferir pedir socorro ao governo brasileiro em vez do FMI, das duas, uma: ou ele interpreta Portugal numa condição de estado inferior, semelhante a um estado federado "por afinidade" do Brasil, ou, pior, acha que o país está numa condição de desconfiança tal, que somente um governo amigo, paternalista e da mão aberta tem condição de socorrê-lo.

(Neste sentido, já temos vários precedentes, porque o governo brasileiro colocou o BNDS para financiar o deficit de investimento em infraestrutura de países governados por ditadores ladravazes ou sanguinários, iguais e Hugo Chaves e o irmão menos velho da gerontocracia que os Castro impõem sobre a ilha de Cuba). .

4. Quando diz que o governo de Portugal deve "falar com Dilma", o ex-presidente da república coloca a atual presidente da república numa condição de inferioridade e vinculação à sua pessoa - como se esta ainda fosse sua ministra de estado, eis usou os cotovelos para falar de assunto de assunto que, fora o caso, competiria ao governo brasileiro.

Lula está, por assim dizer, pegando o governo, a intelectualidade e as lideranças classistas portuguesaas pela mão, e os dispensando de pensar o seu problema, de enfrentar sua realidade, oferecendo-lhes uma solução muito rápida e fácil - usar de seus contatos privilegiados e falar com a companheira a "Dilma". Não é incrível?

Depois de longos e rumorosos oito anos de governo, Luiz Inácio da Silva - que chegou a Brasília trazendo a mudança em um caminhão, que se achava um gênio da raça, um Avatar ou a última coca cola gelada do deserto, deixou a cidade à bordo de 11 caminhões de mudança (um deles, com câmara frigorífica!) e, para seu desgosto, o mundo não acabou e ninguém chegou a prantear a sua falta.

Sua sucessora, a despeito de não abrir mão da forma petista de governar (isto é, menos eficiência + gastos públicos = companheirada empregada + PT aliados com franco acesso aos cofres da União e negócios privados - e o caso da Vale está aí, para comprovar tudo, noves fora as tentativas periódicas de ataque ao direito de livre expressão) preferiu um caminho menos polêmico, e vai fazendo o feijão-com-arroz do governar, o que já pode ser sentido pela reorientação da estúpida política externa adotada pelo primeiro - que só se confraternizava com ditadores, bandidos e párias.

Agora, o ex-presidente tenta se manter na ribalta. E por mais que diga disparates ou faça provocações gratuitas, ninguém de importância lhe dá a menor trela.

Mas, este não parece ser o caso dos portugueses. A Universidade de Coimbra resolveu lhe outorgar o título de "doutor honoris causa". Pensando no orgulhoso semi-alfabetismo, as especialidades e saberes que o ex-presidente exibiu por oito anos seguidos de governo, tento imaginar porque.

E concluo, então, que a concessão do tal título deve ser uma espécie nova de piada de português!

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domingo, 27 de março de 2011

Medida Provisória 510 - os gastos governamentais, o Palácio do Planalto e o lobby político da "festa" da Copa do Mundo de 2014 - II.


Medida Provisória 510 - os gastos governamentais, o Palácio do Planalto e o lobby político da "festa" da Copa do Mundo de 2014 - II.


Desde a promulgação da Constituição de 1988, o abuso na utilização de Medidas Provisórias pelo chefe do Poder Executivo é um fenômeno lamentavelmente recorrente. Desde Sarney, em matéria de orçamento e finanças, por exemplo, à parte a Lei Orçamentária Anual - LOA, sempre que o governo pretende tem a necessidade de legislar sobre tais matérias, em vez de exercer o direito à iniciativa de leis, prevista na Constituição Federal, o presidente da república sempre preferiu o caminho fácil da utilização das chamadas Medidas Provisórias, cuja previsão se encontra no Art. 62 da Constituição Federal.

Um caso célebre do tal abuso foram as sucessivas medidas provisórias que instituíram as inconstitucionais e agressivas cobrança de tributo sobre a movimentação de recursos financeiros através da rede bancária, cujas siglas dificilmente serão esquecidas: IPMF e, CPMF.

O problema é o que o uso reiterado e a utilização das tais medidas para assuntos que, boa parte das vezes, não eram de natureza relevante ou urgente ou, necessitavam justamente do amplo debate permitido pelo exercício da iniciativa de lei, mediante tramitação no Congresso Nacional, que sabemos, representa o povo e os Estados Federados, acabou se constituindo numa prática abusa e um tanto autoritária - e isto vem de Sarney, passou por Fernando Henrique Cardoso e chegou ao governo de Dilma Russeff.

A discussão sobre uma emenda à Medida Provisória nº 510*, que contém temática semelhante à Medida Provisória 503 (em trâmite no Congresso Nacional e que trata, originalmente, do estabelecimento de um protocolo entre a União e o governo do estado de Rio de Janeiro, para a criação de uma tal de "Autoridade Pública Olímpica - APO"), trata, entre outras coisas, de um tal de "Regime Especial de tributação para a construção, ampliação, reforma ou modernização de estádios de futebol - RECOM", com vistas à sua extensão à construção de estádios para a Copa do Mundo.

Esta iniciativa é um recibo de confissão sobre o que querem todos os envolvidos - o governo petista e sua caterva de partidos aliados, empresas ligadas ao lobby da construção civil, parlamentares e governos estaduais, a União Federal e os clubes de futebol...

O que representa a tal de "flexibilização" pretendida, mediante inserção de emenda na Medida Provisória 510**? Entre outras coisas, desoneração de impostos para felizes empresas "escolhidas" para participar da empreitada, a prioridade de reserva de recursos orçamentários e financeiros no orçamento anual da União, procedimentos improvisados e resumidos de licitação e, impedimento de fiscalização dos tais procedimentos pelos órgãos de controle interno e externo (isto é, o já citado Tribunal de Contas da União - TCE e, Controladoria Geral da União - CGU), entre outras espertezas. É o bastante, pois...

...Como se percebe, a festa desta gente com a Copa do Mundo tem uma outra natureza, vai acontecer mais cedo e, a conta vai debitada diretamente no bolso do contribuinte brasileiro - sempre tão colaborativo no voto e no pagamento de impostos e tão desligado ou leniente, na fiscalização dos recursos públicos arrecadados. E é evidente que os princípios que balizam a administração pública e, o sistema legal e democrático também serão agredidos, vez que a fiscalização do governo e da administração pública é um imperativo de natureza constitucional.

Falando em Olimpíadas e Copa do Mundo: só mesmo num país grande, cheio de demandas sociais reprimidas, urgentes e não atendidas, com um povo sem-vergonha e um governo irresponsável, com um governo irresponsável, e cuja ideologia verdadeira é a velha e nefasta cleptocracia, assumiria o compromisso sucessivo com dois eventos de tal porte e numa mesma cidade!

Vejam bem: a Medida Provisória foi baixada pela Presidente da República***. Agora, os parlamentares petistas e aliados querem enfiar ali um mecanismo de efeito nefasto e retardado, no momento em que a votarem e transformarem em lei. A presidente se finge de morta em relação ao assunto e parece sábia. Bem talvez não seja sábia, mas é muita esperta, pois seu silêncio indica claramente sua demanda pessoal em relação ao assunto.
...............................
Ué - e quanto à organização das Olimpíadas?, pode estar estar querendo me perguntar o leitor que me acompanhou até aqui...

Lá vamos nós: tudo está sendo resolvido com a votação da Medida Provisória nº 503. Como veem e eu venho insistindo em meus artigos, já há aqui uns laivos de método, certo?

O que sucederá na organização das Olimpíadas? O que eu acho: tal como aconteceu no Jogos Pan-americanos, o estado do Rio de Janeiro e a suposta "iniciativa privada" vão micar com os compromissos financeiros assumidos.

Em compensação, o governo federal, via Ministério dos Esportes (PCdoB), vai comparecer pontualmente com a grana, o que vai fazer aquela família cujo nome termina em ...mann (e que foi, na prática, quem comandou as obras de construção da infraestrutura dos Jogos Pan-americanos), literalmente, pular de contente com as possibilidades decorrentes da "festa" Olímpica - e creio que já disse o bastante e o leitor entende perfeitamente o que quiz dizer.

*Quer ver a íntegra da Medida Provisória nº 510? Aqui: http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Mpv/510.htm

** Quer entender um pouco mais sobre "Medida Provisória"? Aqui:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Mpv/510.htm

*** Quer saber porque o governo se utiliza tanto de Medidas Provisórias? Aqui:
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato2007-2010/2010/Mpv/510.htm

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Medida Provisória 510 - os gastos governamentais, o Palácio do Planalto e o lobby político da "festa" da Copa do Mundo de 2014 - I



Medida Provisória 510 - os gastos governamentais, o Palácio do Planalto e o lobby político da "festa" da Copa do Mundo de 2014 - I.


Duas leis são consideradas como empecilho para governantes mal intencionados, desonestos ou cleptocratas: a Lei Federal nº 8.666/93 e a Lei Complementar nº 101, de 04 de maio de 2000, a chamada "Lei de Responsabilidade Fiscal" - esta porque impõe regras muito bem arquitetadas de controle dos gastos e endividamento público, aquela porque impõe regras civilizadas para as contratações de fornecimento de bens e serviços pelos órgãos e entidades da Administração Pública.

E o ódio manifesto e público contra elas pode ser medido pelo número de emendas que tramitam no Congresso Nacional, para modificá-las, no sentido de mitigar, turvar ou, francamente, eliminar os seus efeitos.
São duas das leis mais modernas do mundo, quando á temática e efeitos - em relação à Lei das Licitações, até onde acompanhei, eram mais de trezentas emendas, apresentadas por deputados federais e senadores dos mais diversos partidos, representantes do povo e órgãos federados de todos os recantos do Brasil.

Em relação à LC 101, porém, o seu efeito é análogo em relação a Municípios, Estados e União tem os mesmos problemas e obrigações em relação ao controle da folha de pagamentos (sempre inchada pelos tais dos comissionados, apaniguados inúteis e despreparados do governante de plantão), gastos com educação, saúde e, assuntos como o limite de endividamento da entidade federada. De qualquer forma, foi esta lei que teve o condão de tirar os governos e Administração Pública brasileira das estratosferas das políticas e gastos irresponsáveis para o chão de padrões e iniciativas de gastos civilizados.

De quebra, ela propiciou aos organismos centrais de orçamentos e finanças da União, o encaminhamento e manipulação de dados que permitem situar o controle das contas públicas brasileiras entre os mais transparentes do mundo (algo muito diferente do que ocorre na vizinha Argentina, por exemplo).

Quanto aos efeitos da Lei Federal nº 8.666/93, porém, o efeito é diversificado, em razão da estrutura e das necessidades de cada entidade federada, pois é muito claro que as necessidades de aquisição de um município de 5000 habitantes difere muito daquelas de um município de quase 10 milhões de habitantes, caso da cidade de São Paulo, o segundo orçamento em volume de recursos alocados, no país.

Nas prefeituras de pequeno porte, a maioria esmagadora, no Brasil), mais de 90% (noventa por cento!) das aquisições são realizadas mediante procedimentos de licitação dispensada em razão do valor (art. 24, I e II da Lei das Licitações), vale dizer, abaixo de R$ 8.000,00 para aquisições e R$ 15.000,00 para obras e serviços de engenharia. Por aí, se pode imaginar o volume de patranhas que são armadas contra o erário, resultando em transação com o interesse público que entram pela trilha funda da ilegalidade e imoralidade.

Nos Estados, este nível é bem e, se situa num patamar em torno de 40% das aquisições e contratações, âmbito no qual um fenômeno conhecido, constante e arraigado é o da prática do fracionamento do objeto das licitações (dividir, por exemplo, a compra do total de 800 carteiras escolares em 8 compras mensais de 100 cadeiras, mediante processo cujo valor se situa sempre algumas frações de real abaixo do limite indicado), contra os quais, as técnicas ultrapassadas e preguiçosas dos controles internos e os Tribunais de Contas são totalmente ineficazes.

Na União, a situação muda de figura, pois as aquisições dos órgãos federais costumam ser volumosas, quanto de trata de material destinado à manutenção da máquina pública, já que incluem os chamados "materiais de consumo" e a realização do que se chama em contabilidade pública de "investimento', adquirindo patrimônio de custo unitário médio - tais como os veículos e máquinas.

Diante dos controles internos e externos existentes e, especialmente pela vigilância dos órgãos de imprensa e algumas organizações não governamentais dedicadas ao tema (nem todo mundo está preocupado só com ararinhas azuis e muriquis da cara vermelha, afinal de contas), a gestão de recursos orçamentários e financeiros da União é objeto de diuturno escrutínio. Então, como é que a malandragem consegue tirar proveito do imenso volume de recursos orçamentários e financeiros movimentados pela União?

Os mecanismos são os mais diversos. Mas não conheço práticas mais condenáveis e canhestras do que a utilização do chamado repasse de "verbas carimbadas" por parlamentares ou Convênios - que também já vão com uma espécie de desconto de porcentagem, carimbo ou, combinação.

Através das chamadas emendas parlamentares, os membros do Congresso Nacional podem indicar uma parte das obras e serviços de engenharia realizadas pelo governo federal (verbas, como já assinalamos, chamadas de "investimento", pois geram bens físicos, isto é, patrimônio), cujas licitações são francamente fraudadas para beneficiar empresas ligadas aos parlamentares ou, através de convênios que os órgãos federais e ministérios assinam dos Estados e prefeituras, para repasse de recursos federais para a execução de determinados programas - moradia, construção de pontes, etc.

Alguém se lembra do escândalo chamado "anões do orçamento", capitaneada pelo deputado federal Geddel Vieira de Lima? Pois, é. Ele resultava justamente da manipulação da indicação de obras e serviços de engenharia, pelos parlamentares. Os escândalos relativos a irregularidades de verbas repassadas pelo governo federal, são incontáveis, mas uma visita ao site do Portal da Paraíba hoje, 12.03.2011, dá uma ideia do que ocorre com este tipo de Ajuste.* No que tange às obras tocadas pelo governo federal, basta lembrar dos sucessivos escândalos gerados pelas obras executadas pela FUNASA.

Como sabem prefeitos e governadores, o caminho para chegar ao dinheiro dos ministérios não é fácil, pois, frequentemente tais autoridades tem que fazer primeiro um acordo de repasse de porcentagem junto aos funcionários e lobistas (que, não raro, marcam verdadeiras "temporadas" nas capitais e cidades mais importantes, para atender os interessados).

E quando o governo federal, em vez de repassar os recursos federais e tocar as obras de interesse local diretamente, já sabemos o que acontece - diante de um miado do TCU, o governo petista foi capaz de lançar mão de uma medida provisória para flexibilizar a vagabundagem e turbar a atuação legítima - porém lenta e tímida, do tal órgão.

* Aqui está o link do Portal da Paraíba:
http://www.paraiba1.com.br/Noticia/57026_tcu-condena-nove-ex-prefeitos-da-pb-e-quer-devolucao-de-rs-2-milhoes.html

Continua...

Versões de músicas estrangeiras – caso para especialistas...



Versões de músicas estrangeiras – coisa para especialistas...

A despeito de todo discurso em torno do purismo ou da preservação da música brasileira de parte da crítica, os profissionais envolvidos com o mundo da música no Brasil nunca tiveram muitas reservas quanto à adesão à gravação de ritmos e músicas estrangeiras, havendo no mercado, inclusive, gente especializada na realização de versões de sucessos estrangeiros para nossa língua.

Num país em que o domínio de uma língua estrangeira era considerado um luxo da elite, a gravação de uma música estrangeira, apesar de seu provado potencial de sucesso, dependia da realização de uma boa versão para o português, para garantir que emplacasse nas vendas.

Como é sabido, a versão não é uma simples tradução da letra original, eis que ela tem que combinar, em termos de métrica e rima, com o compasso e andamento da música originalmente criada. De qualquer forma, a letra da versão, para ser bem sucedida, não pode se distanciar demais do som e do sentido da música original.

E é aí que entra o profissional especializado, que tem sensibilidade e competência para a realização de tal tarefa.

No Brasil, alguns profissionais do mundo da música acabaram por se especializar na realização de versões de músicas estrangeiras e, alguns chegaram a se tornar célebres, como é o caso de Fred Jorge, que foi um dos responsáveis diretos pela bem sucedida operação de introdução e aclimatação do rock and roll no mercado nacional, realizando a versão de muitas músicas que estouravam no mercado norte-americano.

Suas criações primavam pela simplicidade e manutenção do espírito das letras originais, e nesse sentido, podemos citar as versões de “Stupid Cupid", música de Neil Sedaka e Howard Greenfield, convertida por Jorge, “Rithm of the rain”, de John Claude Gummoe, convertida por Demetrius, entre centenas de outras, que foram parar no repertório de Roberto Carlos, Erasmo Carlos, Wanderléia, Agnaldo Timóteo, The fevers, Renato e seus Blue Caps, Golden Boys, etc.

Mas, neste tema, não podemos nos esquecer de Rossini Pinto e suas versões das músicas dos Beatles e Nazareno Brito, que se especializou na confecção de versões de stardards franceses e italianos.

Muitos músicos populares também se dedicaram à realização de adaptações de músicas estrangeiras ao longo do tempo, fazendo trabalhos igualmente interessantes, como é o caso de Lourival Faissal, que firmou a tradição e era considerado o "rei da versão", tendo feito versões de músicas americanas, latinas e caribenhas para Emilinha Borba, Carlos Galhardo, Bob Nelson e Luiz Gonzaga (sim!), entre outros.

Certas versões acabaram extrapolando o sentido original, dada a liberdade e o resultado inovador do trabalho criativo realizado. E não existe exemplo mais interessante do que as versões feitas por Gilberto Gil de músicas compostas ou gravadas por artistas da estatura de Steve Wonder e Bob Marley, de quem citamos duas e surpreendentes de versões de “No woman no cry (reggae criado por Vincent Ford)” e “I just called to say I love you”, onde o cantor e compositor demonstrou, pela ordem, feeling para o novo e para a aclimatação de um estilo de música ainda desconhecido no pais e competência, capacidade poética para reinventar o grande sucesso de um astro consagrado.

Como estudo de caso, gostaria de tratar de uma versão da música “Green, green grass of home”, música composta por Claude “Curly” Putman, Jr em 1965, um country que se tornou mundialmente conhecida na voz de tom Jones, mas que foi gravada por gente de um naipe tão variado quanto Jerry Lee Lewis, Johnny Cash e Elvis Presley.

No Brasil, ela ganhou uma versão de Geraldo Figueiredo, com o título de “Os verdes campos da minha terra”, que foi gravada inicialmente por Agnaldo Timóteo, um cantor então filiado à Jovem Guarda (movimento roqueiro idealizado por Roberto e Erasmo Carlos), em 1967 e, no ano seguinte pela dupla Belmonte e Amaraí.

O título da versão nacional, reproduz a ideia do título da letra de Putman. Mas é interessante notar que, na música original, o título (Green, green grass of home) foi retirado do refrão da música ("...It's good to touch / the green, green grass of home"), o que não aconteceu na música nacional, onde o o título “Verdes campos da minha terra” difere do refrão, que refere a “verdes campos do meu lar”.

Porque a diferença? Imagino que seja pelo fato de que o autor da versão, depois de muito quebrar a cabeça, não achou um verso que pudesse dar a ideia do verso original e, ao mesmo tempo, tivesse a mesma musicalidade, pois o que conseguiu foi "...com meu amor a passear / nos verdes campos do meu lar".

Ele até que tentou dar a ideia da letra original no conjunto dos versos da estrofe, mas resolveu não arriscar e criou um verso que, embora não fosse capaz de dizer o que o verso original dizia – pois a palavra “lar” certamente não expressava o que "home" queria dizer na letra original - pois aquela dava a a ideia de habitação, e outra referia à ideia de lugar de origem e lar dos antepassados.

O engraçado é que o título da música foi criado justamente para resolver o problema que estava lá, no verso de estribilho da música, numa tentativa de harmonizar o sentido da letra original e da versão. Assim ficaram denotadas claramente duas situações: o respeito que se tinha pela criação original, representado pela harmonização do título e, a incapacidade do responsável pela versão de criar um verso satisfatório, com a mesma e profunda riqueza de expressão do verso original.

Falando especificamente sobre esta canção, observo que, a despeito do que ocorreu, a música foi um retumbante sucesso na poderosa voz de Agnaldo Timóteo, numa gravação cujo arranjo a transformou num rock de andamento lento (com a batida de guitarra imitando aquela das gravações de Roberto Carlos, à época), de natureza denotativa, que nos leva a imaginar a abençoada e saudosa terra natal, de que fala a letra.

No ano seguinte, a música em questão ganhou a famosa gravação de Belmonte e Amaraí, num ritmo diferente e que não era exatamente aqueles mais típicos de “música sertaneja de raiz (essa bobagem inventada por quem gosta de confinar a arte em compartimentos)” - uma interessante marchinha, onde pontuavam arranjos de instrumentos de sopro e um cavaquinho no acompanhamento, que muita gente reputa como o primeiro encontro da música caipira americana com a música sertaneja, esquecendo-se do velho e brasileiro Bob Jones, cantor country muito lembrado por Rolando Boldrin em seus programas, quando costuma cantar trechos das versões nacionais de countrys gravados por ele...

Imagino que a versão nacional do tal clássicoamericano foi gravado por uma dupla sertaneja somente depois de ter estourado no circuito da Jovem Guarda pelo fato de que era ali que estavam os demandados especialistas em versões musicais e, que os sertanejos, tendo conhecido a origem da música nos estúdios das gravadoras (onde se gravava de tudo e havia a correspondente troca de informação entre os músicos dos mais diversos estilos, que, abrigados em grupos chamados "regionais", acompanhavam a gravação dos mais diferentes artistas e ritmos) resolveram apostar numa gravação de retorno garantido, à vista do seu sucesso e consagração.

Fazer a adaptação da letra original da música de certos artistas, algumas vezes, é um desafio difícil de vencer. Um caso interessante de citar são das versões feitas para as músicas de Bob Dylan, onde o problema é justamente encontrar um verso que traduza ou espelhe a poesia dos versos originais e, ao mesmo tempo, caibam dentro do compasso da música.

Nesse sentido, quase todas as versões feitas para as músicas de Dylan tem muitos problemas. Tal circunstância, pode ser conferido na versão de "Blowind in the wind", cujo refrão, na versão mais conhecida, gravada por Diana Pequeno, repetiu o verso original, muito provavelmente porque o autor, não conseguiu elaborar um outro com a mesma sutileza, sonoridade, força do original e, que casasse bem com a música original.

Até mesmo Caetano Veloso lidou com tais dificuldades - o que pode ser facilmente verificado, da comparação entre a canção original "It's all over now, Baby Blue" e a sua versão, "Negro amor", que é matadora no refrão ("...e não tem mais nada / negro amor"), mas escorrega em algumas partes do resto da letra.

E há canções acabam ganhando mais de uma versão em português brasileiro, por variados motivos. O caso que me vem à mente é o da canção "La mia storia tra le dita (GianLuca Grignani / Massima Luca)", que recebeu uma versão do cantor e compositor José Augusto, "A história da minha vida" - título muito sem graça, e outra da cantora e também compositora Ana Carolina, "Quem de nós dois".

Para mim, as duas tem problemas - a primeira, porque seus versos econômicos e aguados, que nem de longe conseguiu dar uma idéia da força da letra original. A segunda, tem o mesmo problema de outras versões feitas pela cantora: "estoura", em muitos pontos o compasso da música, pelo fato de ser uma letra quase discursiva, tendo, todavia, uma vantagem sobre aquela: uma enorme carga dramática, garantida na gravação pela voz grave e carismática de Ana Carolina...

Mas, para casos assim, existem, evidentemente, um sem número de casos de realização de versões muito bem sucedidas e, perfeitamente adaptadas para o gosto nacional. Aí, temos peças como "Meu primeiro amor", versão de Lilian (da dupla Leno e Lilian), para "You're gone to lose that girl", de Lennon e McCartney, que tem um resolução exemplar para o refrão e uma versão de letra simples e simpática.

Dito isto, registro que, muitas vezes, as versões das músicas estrangeiras gravadas por artistas brasileiras parecem nitidamente superiores às músicas originalmente gravadas, às vezes pelo resultado sonoro e, em alguns casos, pela qualidade da nova letra. E vou citar três diferentes casos, para defender esta idéia: "O Rítmo da Chuva", na fantástica gravação feita por Demetrius
e, "Te amo cada vez mais", versão de Roberto Merlin Jr para "To love you more -Edgar Bronfman Jr. / David Foster )", gravada pela dupla João Paulo e Daniel e, evidentemente, a surpreendente, poética e classuda "Só liguei pra dizer que te amo", de Gilberto Gil...

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sexta-feira, 25 de março de 2011

06 haicais



06 haicais

01. depois de tudo
um navio no meio da rua
e casas no cais*

02. noite da lua grande --
só o reflexo das lâmpadas
na pista molhada

03. é curta a viagem
mas o caramujo não deixa
sua casa para trás

04. essas idéias fixas
como goteiras merejando
num velho telhado

05. chuva longa e mansa --
uma sonora goteira
que a estende

06. nascer e morrer
uma certeza traz a outra --
viver é o mistério


* Este haicai foi publicado no domingo, dia 20.03.2011. Agora, vejam este link do UOL de hoje, 22.03.2011:

http://noticias.uol.com.br/album/110322japaopostsunami_album.jhtm?abrefoto=1

quinta-feira, 24 de março de 2011

Frans Krajcberg: a arte como experiência total - vida e militância.



Frans Krajcberg: a arte como experiência total - vida e militância.

O ambientalismo e conservação ambiental hoje, mais que um ideal, virou moda e até meio de vida, tendo um lugar certo e garantido nas mais diversas agendas políticas e da atuação das instituições, além de possuir um lugar ou nicho reservado e diversificado, dentro do mundo das manifestações artísticas, havendo também uma lista razoável de artistas que produzem arte ligada ao ambientalismo, ou de qualquer forma, articulada com a política de conservação ambiental.

Neste tema, porém, o artista polonês naturalizado brasileiro Frans Krajcberg é decano, em nosso país, posto que ele foi, talvez, uma das primeiras personalidades a introduzir o debate e exercer a militância em favor da conservação ambiental no Brasil, muito antes da criaçaõ do Partido Verde ou da introdução do ambientalismo na agenda política brasileira.

Sua arte sempre esteve formalmente ligada à militância ambiental e, nesse sentido, fala por si, tal a sua força pictórica, a temática e seu tratamento, além excelência de sua técnica longamente apurada, o que salta da mais simples contemplação.

Na sua obra, nem sempre é possível separar nela o que é o pictórico e o que é militante, vez que esta é clara e direta, verificada desde o discurso, até a sua realização. Em seu caso, a postura politica está introjetada na arte, sendo ali um de seus componentes.

Faz tempo, o ambientalismo virou oportunidade e, até, oportunismo. O discurso em favor da preservação ambiental se encontra em lugares e situações um tanto suspeitos ou inóspitos, além de se encontrar nas embalagens mais controversas ou dissimuladas. Na obra de Krajcberg, não. Sua sincera militância se confunde com seu fazer artístico, sendo parte de sua história de vida.

Europeu de origem, fixou-se em nosso país e segue vivendo conforme escolheu viver, isto é, imerso totalmente no mundo de sua arte, estruturando, dia a dia, um fantástico universo de formas e imagens. Ele começou a descobrir o Brasil pelo estado do Paraná, mas, não sei se por deslumbramento, senso histórico, ou uma jornada messiânica de natureza pessoal, fixou-se no sul da Bahia, estado onde iniciou-se o custoso processo que levaria ao surgimento do Brasil (país, pátria, nação e, enfim, sentimento).

O que produz tem algo de dantesco, no sentido de que captura imediatamente nossa visão e, logo em seguida, nossos sentidos. Depois disso, entramos no campo ideológico da sua criação, passando das formas para os materiais, enxergando então seu parâmetro e panorama, para retornar depois, às estruturas, formas e cores, já a compreendendo naquele nível em que se vislumbra a coerência, antes de mais nada.

Em suas obras - predominam a utilização de restos de materiais encontrados na região próxima ao redor de seu ateliê. Ordinariamente, restos e pedaços de madeiras recolhidos em desmatamentos, queimadas, erosões ou processos naturais de extinção, pedras, ossos e escolhos encontrados na região litorânea de Nova Viçosa-BA, entre restos ou capões de mata atlântica, praia e o mar.

Destacam-se nelas, quase sempre, a evidências de formas que nos rememora de vegetação ou seres vivos originais, através de um desenho estilizado que, de qualquer modo, nos remete sempre a outras formas - talvez mundos orgânicos, talvez o processo épico da vida em nível celular ou ainda formas de natureza icônica ou simbológica, que nos religam a ideias atávicas ou valores antigos da humanidade...

De fato, as formas encontradas nas suas obras nos levam sempre a uma atmosfera onde está expressa a movimentação de corpos e objetos em torno de algo antológico, profundo e vital, ainda que oculto, de processos segredosos de movimentação e transformação íntima da de matéria, de natureza masculina, feminina, ou ambivalente, em que os corpos se articulam em torno de objetivos reprodutores ou simbológicos - ideias que nos vão chegando, na medida em que avançamos na contemplação das suas portentosas e totêmicas esculturas.

Mas, em algumas peças, a oportunidade de exame mais profundo de mensagens ou alusões, está como que interditado, pois o criador da obra estabelece um horizonte de contemplação imediato, com mensagens muito evidentes e visadas, como é o caso das peças que parecem de constituir de um caule e raízes estilizadas e voltadas para cima ou dos mesmos caules, voltados para cima e com as raízes seccionadas e posta sobre o chão, onde não escapamos de refletir irrevogavelmente sobre a processo de destruição ou, talvez, consumo do meio natural, representado justamente pelas raízes ao sol e a copa da árvore com a representação abruptamente suprimida da peça (que bom que a arte contemporânea dá ao expectador liberdade de interpretação!)...

Consideradas no conjunto, no entanto, o que parece ressaltar das suas obras, além daquelas mensagens mais imediatas, é a impressão de um profundo e reiterado culto do artista ao mistério da vida, espelhado no momento extraordinário da concepção, nas mais diversas formas e meios.

Este aspecto é o menos abordado ou comentado de sua obra, mas da consideração de um conjunto mínimo de peças produzidas surge esta impressão, que de qualquer forma, se exterioriza em sua prática militante em favor do respeito à natureza, que, se liga à conservação da vida, nos seus mais variados aspectos.

E há ainda mais a considerar, nesta direção: muitas das esculturas do mestre remetem à antiga simbologia. Em muitas de suas obras, estão presentes representações que interpretam símbolos que acompanham a humanidade desde a sua infância, porque ligados ao misticismo, nas suas mais variadas formas. É o caso das frequentes representações estilizadas que remetem muito claramente à "árvore da vida", ou ainda de formas que lembram a serpente espiralada no cajado Asclépio, ou ainda a concha e a trompa, representando, é claro, a ânima e o lado masculino da criação.

Nesse sentido, será demais, constatar que, em certa medida, as esculturas de Krajcberg também falam de sua dimensão religiosa de seu eu místico?

Eu era um menino, quando via fotografias das obras do artista, em matérias de uma ou duas páginas em revistas semanais - especialmente a Veja, depois de concebidas no litoral sul da Bahia, expostas em grandes templos da arte do Brasil. Os tempos mudaram e tudo mudou. A arte, o fazer e o discurso do artista também se transformou ou, quando menos, se diversificou.

Ele, no entanto, é da velha cepa dos artistas contemporâneos, e pelo que se vê de sua produção, para ele, fazer arte é uma experiência total ou mesmo vital, onde o artista vai da mais simples intuição até o último segundo da composição artística (e, nisto, encontro nele um paralelo com um artista da terra, Siron Franco, que tem uma forma de produção artística parecida, segundo sua própria concepção).

Verificar que este ícone das artes plásticas se encontra ainda hoje em plena forma, absolutamente enamorado e envolvido com o ser e fazer que o consagrou, diz muito do artista e sua profissão de fé, mas nos informa também sobre o que é arte e o que significa ser, de fato, um artista, no sentido de estudo, dedicação e aprimoramento, no sentido de técnica e expressão, até chegar ao ponto de se num canal competente e efetivo de expressão da captação do espírito de um tempo e de intuição sobre o futuro, ou, quem sabe?, futuros.

Disse, em linhas anteriores, que o ambientalismo agora é moda. Mas, em certa medida está agora além dela, pois vai sendo incorporado ao nosso jeito de viver, sendo incorporado às pautas da política e, do desenvolvimento de instituições e empresas, passando pela mediação de agendas de planejamento e produção, e entrando pelos sistemas de fabricação e, vai chegando até o nosso modo de consumo - ainda que, nisto, vá grandes contradições e denúncias implícitas.

O lugar de Franz Krajcberb, até por temperamento, desconfio, não é aí. O seu posto está em um outro ponto, mais remoto, mas bem mais firme e importante. Em matéria de exercício e militância da arte ele se encontra entre os poucos que podem ser, em todos os sentidos, o que se chama de... respeitosa Referência.

Mas, no caso do artista em questão, podemos dizer que ele chegou a se constituir num caso interessante de popularidade - o que envolve até mesmo a sua própria e carismática figura. É o que se poder concluir de uma pesquisa simples no Google, onde surgem milhares de artigos, notícias, comentários, notas, referências e fotos, muitas fotos, de sua vasta obra artística e dele mesmo.

Quer saber um pouco mais sobre Frans Krajcberg? Aqui estão os links:

http://pt.wikipedia.org/wiki/Frans_Krajcberg

http://www.pitoresco.com.br/brasil/krajcberg/krajcberg.htm

http://www.google.com/images?um=1&hl=en&biw=1263&bih=556&tbs=isch%3A1&sa=1&q=frans+krajcberg&btnG=Search&aq=f&aqi=&aql=&oq=

Goiânia, 22.03.2011.

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