quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O governador e o assassino - ou: quando o oportunismo anda sobre cadáveres...

O governador e o assassino - ou: quando o oportunismo anda sobre cadáveres... Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, acaba de receber no Palácio do Piratini, o assassino que, como Ministro da Justiça, ajudou a ficar impune. Trata-se de Cesare Battisti, terrorista, assassino perigoso, frio e sanguinário condenado à cadeia pela justiça italiana, em virtude da responsabilização pelo violento assassinato de quatro cidadãos italianos. O Brasil tem um tratado de extradição com a Itália, o qual, através de Genro e o então presidente da república, foi pisado para proteger o bandido que dizem pertencer a uma suposta agremiação terrorista italiana (algo como o outrora célebre "Comando Vermelho"). E tal medida, recorda-se, resultou na humilhação do governo italiano, já que a principal alegação, propalada aos quatro ventos pelo ministro da justiça brasileira, não passa de uma mentira agressiva e grosseira: a de que Cesare Battisti era vítima de perseguição política em seu país natal, como se naquele país não vigorasse o Estado de Direito e ele não tivesse sido condenado por um juiz togado mediante o devido processo legal. E sobre esta mentira, assentou-se outra: a oferta de asilo político ao facínora, à vista da suposta - porém, inexistente - ameaça. EViu-se materializar no Brasil aquilo que se diz sobre a nossa história, desde que o Brasil é colônia - que o nosso país é o território de bandoleiros foragidos e de um governo cujo comportamento se nivela aos de uma republiqueta de bananas. Mas, quanto ao comportamento do governador do Rio Grande do Sul em relação ao seu pupilo, fica-se com a impressão de que, noves fora a emulação paranoica contra o governo italiano - legitimamente constituído e assentado num regime democrático, o advogado e poeteiro Tarso Genro projeta algumas de suas fantasias autoritárias na pessoa do assassino Battisti. Tenho a impressão de que, além disso, parece atrair Battisti para perto de si para reivindicar junto à comunidade militante da esquerdopatia nacional o reconhecimento pelo feito monumental de converter um criminoso numa espécie de vítima do governo de um país democrático, mediante o uso da máquina administrativa do governo brasileiro. E tal e repugnante atitude parece também numa espécie de vaidosa piscadela para a galerinha de toda a esquerdopatia brasileira e latino-america, com o seguinte recado subliminar: “aprendam comigo. Respeitem o mestre!”. Dizem que Battisti até deu uma repaginada no visual homicida, para a oportunidade. Sei... Se continuar neste embalo, esta história de saudação e abraço acaba em beijo na boca! Tá na moda, né? Mas, vejam só: no perfil de Cesare Battisti na Wikipédia, o meliante é qualificado como... escritor. Pois é: um escritor que fez história matando com muita violência quatro inocentes e deixando uma vítima paraplégica viva, para testemunhar seus feitos! Aparelham até Wikipédia... O tratado de extradição firmado entre o Brasil e a Itália você encontra neste link: http://www.conjur.com.br/dl/tratado-extradicao-brasil-italia.pdf E a decisão final do STF sobre a extradição do assassino Cesare Battisti você pode ler aqui: http://profbadaro.blogspot.com/2010/04/integra-do-acordao-cesare-battisti-dje.html E aqui você lê um comentário do renomado doutrinador Celso Bandeira de Melo sobre a decisão do STF: http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/cesare-battisti-decisao-do-stf-e-chocante-e-ilogica-diz-o-jurista-celso-bandeira-de-mello/ Mais opinião abalisada, do renomado penalista Damásio de Jesus, você acessa por aqui: http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=128006 - Nem sei como achei motivação para escrever sobre as estultices deste país muito grande e de gente tão sem vergonha!

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