quarta-feira, 29 de junho de 2011

Eclipse - 03 haicais

Eclipse - 03 haicais

01. um eclipse, não dois --
alguém vê a mancha na lua
e já culpa o CO2

02. boca da noite --
a sombra do astro vizinho
que veste à lua

03. tal como esta lua
as memórias manchadas
à sombra do tempo

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terça-feira, 28 de junho de 2011

O partido da Marina - 03 tankas

O partido da Marina - 03 tankas

01. Marina, com certeza
não tem a língua presa --
e vai ter um partido

todo mundo quer entrar
no partido da Marina

02. imagino, imagina
quanta gente quer mudar
de vida e lugar

muita gente vai entrar
no partido da Marina

03. nada é igual
verde, social e religioso --
confortável e correto

muita gente vai direto
pro partido da Marina

Anarriê!, Mercadante - 02 tankas

Anarriê!, Mercadante - 02 tankas

01. um passo adiante:
acenderam a fogueira
pro Mercadante

periga queimar a gente
que anda com a boca rente

02. um passo à frente
anarriê e cuidado, gente --
veja onde pisa

de repente, bem adiante
um monte de Mercadante

Arraial do Cabral - 04 tankas

Arraial do Cabral - 04 tankas

01. foi “seu” Cabral
quem descobriu o Brasil -–
contava Caminha

Calminha com o que contava
o Caminha, caminho a dentro

02. contando um ponto
Cabral contava seus contos
entre muitos tontos

e Caminha ia, ia e vinha
em contos da carochinha

03. Caminha dedicado
pediu emprego pro cunhado --
nascia um Brasil

da Bahia ao famoso Rio
a muda custou um bocado

04. de Cabral até Dilma
é um conto de Caminha
a nossa história

o ouro caminho a dentro
vai junto com a escória

O processo do Mensalão e seus felizes réus. Ou: "Força, ministros!"...

O processo do Mensalão e os seus felizes réus. Ou: "Força, ministros!"...

A apuração do conjunto de crimes resultantes do escândalo do Mensalão não é apenas uma questão de cumprir os princípios da Moralidade e Legalidade, constantes do caput do Art. 37 da Constituição Federal. É questão de Estado, sobrevivência da democracia representativa, correção da corrupção política e educação dos cidadãos.

O Procurador-Geral da República não poupou adjetivos e classificou as autoridades e parlamentares envolvidos de bandidos e chamou o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu de "chefe de quadrilha". Isto dá o tom e a gravidade da denúncia e a necessidade de sua rápida apuração e a punição dos culpados.

Mas, aí, começam as encrencas. Os envolvidos tem privilégio de foro. Por isso, só podem ser processados no Supremo Tribunal Federal.

Apresentada a denúncia, o processo foi distribuído ao agitado e polêmico ministro Joaquim Barbosa. E aí... Tem gente que chega a dizer que os réus do processo do Mensalão também conseguiram o "privilégio de Ministro", o que é uma maldade irresponsável!

De qualquer forma, Muita gente anda frustrada e decepcionada com o andamento do tal processo. Os envolvidos nos crimes do Mensalão, só tem motivos para comemorar: despacho não vai, manifestação não vem, providências não acontecem, licenças não param de ser requeridas e, sentença não se avista, e o crime de formação de quadrilha já está prescrito. Com um pouco mais de dedicação e!...

Na técnica de investigação criminal, uma pergunta é sempre feita, na investigação dos crimes: "a quem aproveita?". Mas, o ministro Barbosa acha um acinte qualquer alusão a tal raciocínio ou qualquer alusão à ligação dos crimes praticados pela quadrilha liderada por José Dirceu com o então presidente da república.

Ele um ministro do STF e não, um reles delegado de polícia, evidentemente. Por isso, raciocina nestes termos...

A nossa Corte Constitucional passa por um momento grave e lamentável - deixou-se levar pelo populismo e, anda tomando decisões lamentáveis, não raro fazendo as vezes de legislador, em vez de intérprete.

Por isso, parece que o presidente daquela ilustre e Colenda Conte parece não exergar a chicana que vem sendo feita em relação ao processo dos crimes do Mensalão. Mas, se tivesse tempo, é impossível duvidar que não agisse conforme as graves implicações e honra de seu cargo.

Então, o negócio é desejar tempos melhores e mais arejados para o Supremo Tribunal Federal e seus ministros.

De repente as coisas mudam e até a minha geração consegue ver uma sentença no tal processo - nem que seja de apreciação de pedido de arquivamento em razão da prescrição dos crimes!

Pra frente, ministros.

Como naquela música que o Juca Chaves cantava andando para trás - lembram?

"Este é um pais que vai pra frente
Rô Rô Rô Rô Rô
De uma gente amiga e tão contente
Rô Rô Rô Rô Rô
Este é um país que vai pra frente
De um povo unido, de grande valor
É um país que canta, trabalha e se agiganta
É o Brasil de nosso amor!"

quinta-feira, 16 de junho de 2011

"Chevrolet Auto Service, boa tarde! Com que eu falo?" - Death Wish I...

"Chevrolet Auto Service, boa tarde! Com que eu falo?" - Death Wish I...

Pim pim pom pom pem pom pim pim!
...
Clic!
- Chevrolet Auto Service, Arlete, boa tardin? Com quem eu falon?
- Meu nome é Joaquim, tenho um carro Chevrolet na garantia e, preciso de socorro urgente. A bateria do...
- Senhor-r-r-r um momento: a ligação está muito ruim e eu pediria que que senhor falasse mais alto e mais devagar por favor-r-r-r?
- Pois, não: meu-nome-é-Joaquim, falo-de-Goiânia-Goiás, tenho-um-carro-modelo-classic-que-está-na-garantia.
- Ah, sim, senhor-r-r-r. O carron está na garantia?
- Sim, está. foi adquirido em 16 de julho do ano passado.
- Me passa a placa do veículon por-r-r-r favor-r-r-r?
- Ok. DWI-0000...
- Sim, senho-r-r-r, confere. Agora me passa o númeron do chassi, por favor?
- Menina, foi a bateria do carro que descarregou. Daí que a trava elétrica não responde e, não sei por que cargas d'água, não consigo abrir o carro na chave. O cara da concessionária disse que um tal de "facão" da trava mecânica da porta pode ter se desarmado. Por isso, não tenho como pegar os ducumentos para passar o número...
- Oolha, sinto muito senhor-r-r-r, mas o Auto Socorro Chevrolet só pode atender se o senhor-r-r infor-r-rmar-r-r-r o número do chassi, ok?
- Não, não: pelamordedeus! Já expliquei que isto não é possível e eu preciso preciso de socorro agora. Estou no meio de um nada entre Goiânia e Senador Canedo, ouviu?
- Como lhe disse, senhor, é nor-r-r-r-ma. Só vamos lhe atender-r-r-r se tiver-r-r-r o número do...
- Espere. Espere! O número da placa e os meus dados conferem?
- Sim senhor-r-r-r, conferem!
- Então, preste atenção, menina: o número do chassi do veículo é fornecido ao fabricante. E quando o adquirente compra o veículo, o nome dele e os dados do veículo ficam vinculados. Você tem os dados na tela, aí! Me ajude, menina - não posso deixar o carro neste fim de mundo...
- Sinto muito senhor-r-r-r: só posso lhe atender se passar o número do chassi do veículon?
- Ora, sua, sua...
Click!
- Auto socorro Chevrolet, boa tardin? Com quem eu falon?
- Joaquim, de Goiânia, o infeliz que comprou um veículo Chevrolet e precisa de socorro mecânico.
- Pois, não senhor-r-r-r? Placa do veículon?
- DWI - 0000.
- Sim, senhor--r-r-r-r. O senhor-r-r-r-r já tem aí numeron do chassí do veículon?
- Menina, tive que arranjar um chaveiro pra abrir o carro e agora o tenho, sim...
- Passa o númeron por-r-r-r favor-r-r-r senhor-r-r-r?
- Anote aí. 9-B-U-D-D-D-D...
- O senhor pode falar-r-r-r, mais devagar-r-r-r-r? É que...
- Já vai: 9...
- Per-r-r-rfeito, senhor. Agora, vou lhe transferir para a área de atendimenton em Goiâniaa. Um momenton?
- Menina, eu...
Pim!
...
...
...
...
...
- Alô! Menina, por favor me atenda...
...
...
...
...
...
Piiiim - pom!
...
...Olha, só mais um momento, senhor-r-r-r-r, que a ligação já vai ser transferida?
- Ei, escute aqui ó...
Pom!
...
...
...
Minha nossa! Minha nossa! Só quero sair daqui e ir pra casa!...
...
...
...
Pom, pim, pom!
- Vivo, informa: vc só tem R$ 5,00 de créditos. Recarregue o seu celular!
...
...
...
...
- Menina! Arlete! Socorro!...
...
...
...
Pim pom pim!
- Vivo informa: você não tem créditos suficientes para continuar nesta ligação. Recarregue seu celular...
Túu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu-tu...

Deat Wish. DEATH WISH!

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quarta-feira, 15 de junho de 2011

O vulcão e o torcedor...

O vulcão e o torcedor...

O vulcão Puyehue entrou em tremenda erupção, no Chile.
.
As cinzas que lançou na atmosfera cobriram boa parte do sul do continente americano, o que afetou ou inviabilizou a realização de transporte aéreo em boa parte da região, inclusive no Brasil, onde diversos voos estão sendo cancelados por absoluta condição de segurança.

Corte rápido para um aeroporto paulista, onde ontem, 14.06.2011, um grupo de torcedores de futebol, vestidos a caráter, promoveu um quebra-quebra do guichê de uma companhia aérea, que havia suspendido o voo para a Argentina, o que os impedia de chegar a tempo em solo argentino para acompanhar de seu time, o Santos. Um verdadeiro vulcão de ignorância, verborragia e violência gratuita.

Gente desse naipe não tem o direito de comer nem capim, para não ofender ruminantes e equinos!

Mas, esse negócio de torcida organizada e torcedor fanático é um indicativo sério de miolo mole, falta de sentido para a vida e, motivação ou desculpa para comportamentos reprováveis.

E nessa vagabundagem entra até gente insuspeita, que trabalha, tem trabalho lícito e família para sustentar. Mas, na hora em que põe a camisa do time e se junta a outros energúmenos, a verdadeira personalidade vem à tona. E aí, todo cuidado é pouco, pois em nome da suposta paixão, não reconhece ninguém - família e amigos, incluídos.

A caminho do estádio, vão molestando pessoas na rua, quebrando veículos do transporte público, riscando ou quebrando partes de veículos particulares, destruindo equipamentos e obras públicas, sem que ninguém lhes imponha respeito ou limites.

Na volta do estádio, a coisa é muito pior: a pretexto do sentimento de derrota, levam a violência ao paroxismo e, após se organizar em bandos, saem pelas ruas, à caça (sim, caça) de torcedores rivais, lesionando gravemente e matando os que vão encontrando pela frente - não raro, aproveitando-se da vantagem e da surpresa, atacando inocentes, como aconteceu no dia do primeiro jogo da decisão do campeonato goiano de 2011, onde um jovem (um menino que tinha toda uma vida pela frente!), foi pego na porta da própria casa e assassinado por bandidos travestidos de torcedores de futebol.

Este é traço de identificação - toda torcida organizada é uma multidão de covardes, onde os indivíduos se tornam capazes de comportamentos e atos ameaçadores que jamais seriam capazes de realizar individualmente. São tipos que, em grupo, perdem a personalidade e entram num comportamento de manada, do qual decorre os acessos coletivos de fúria, ódio ou pânico correspondentes. Resumindo, regridem ao estado da selvageria, pura e simples.

Por estas e outras, é que deixei de ir a estádios de futebol, preferindo acompanhar as campanhas do meu time (Timão, ê, ô!, Timão, ê, ô!...) e os campeonatos pela televisão e Internet.

Se houvesse uma contabilidade nacional a respeito, começando nos campeonatos de várzea até os campeonatos nacionais e, especialmente uma contabilização dos mortos e feridos anualmente, talvez as autoridades e a população se sensibilizasse, pois os números são inaceitáveis e chocantes.

Ninguém fará isto - as torcidas organizadas estão associadas a grupos de políticos e criminosos (às vezes não há diferença entre uns e outros, né?) de bairro, região e, estados. Há uma espécie de cinturão de impunidade estabelecido em torno dessa gente desprezível que não parece possível de ser rompido.

Mas, esse negócio de torcida organizada e torcedor fanático é um indicativo sério de miolo mole, falta de sentido para a vida e, motivação ou desculpa para comportamentos reprováveis.

Sempre há quem leve vantagem num movimento comportamental que resulta mortes, feridos, destruição de patrimônio público e depredação de bens de propriedade particular. Mas, de certa maneira, aqueles que toleram ou se beneficiam deste estado de coisas são iguais ou piores aos manés das torcidas organizadas.

Minha única opinião sobre o assunto: as torcidas organizadas devem ser proibidas por lei. Ponto. Aí começa a paz nos estádios e eventos esportivos. O resto, é com o poder público, impondo a atuação da segurança pública.

A paixão pelo futebol e por um time de futebol é quase inexplicável, de tão forte e duradouro. É algo que está entranhado em nossa cultura. Torcer e viver a paixão por um time de futebol é algo que se encontra na esfera individual de cada um, onde ninguém entra. Manifestar esta paixão coletivamente até o nível da congregação é algo decorrente, mágico e emocionante. Outra coisa, é a organização de grupos que se comportam como um bando de selvagens ou criminosos.

Um bando de vagabundos escrotos a menos no estádio não fará a menor diferença. Um grupo de amigos ou família indo e voltando com segurança a um estádio depois de ter assistido a uma partida de futebol, faz toda a diferença, pois isto é sinal de que a sociedade e seus representantes políticos e institucionais fizeram uma escolha clara, e a civilização e a lei venceram. Ponto final.

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segunda-feira, 13 de junho de 2011

A ecologia, o lixo urbano e as idas e vindas das tecnologias...

A ecologia, o lixo urbano e as idas e vindas das tecnologias...

Talvez existam poucos desafios tão difíceis para a civilização atual do que cuidar do próprio lixo que produz. A despeito de todas as iniciativas que vão sendo tomadas, o desafio apenas aumenta e a situação, em alguns casos vão se tornando insustentáveis.

Tempos atrás, durante uma vistoria de rotina a capitania dos portos de Santos pilhou um navio descarregando contêineres de lixo, vindo da Europa (quantos terão vindo?). E antes disso, o governo brasileiro teve de realizar uma modificação na legislação, para impedir uma verdadeira cadeia de práticas ilícitas ou danosas ao meio ambiente, estabelecida em torno da importação de pneus usados dos EUA, que entravam no país supostamente para a indústria de remoldagem pneumática.

É sabido que o lixo das sociedades urbanas tem uma imensa variedade de composição e impõe diferentes desafios na sua manipulação e destinação final. O lixo das embalagens plásticas exige solução muito diferente dos pneus de veículos, que por sua vez, é diferente da solução para o entulho da construção civil, que é diferente das providências quanto ao controle do lixo orgânico, que, é diferente da solução para os equipamentos de informática e baterias de equipamentos eletrônicos descartados.

Diante do desafio que a ameaça e a manipulação do lixo representa, não é difícil supor que este setor vai gerar um novo, rico e imenso filão de indústria, pois os indícios já estão à vista, todavia, as soluções até agora encontradas não competentes ou suficientes para dar cabo de todo o lixo produzido. Da mesma forma, toda uma geração de profissionais e gestores públicos, dedicados à administração do problema.

Se bem que uma parte da solução para o lixo deve começar no controle das embalagens produzidas para embalar bens de consumo. Muitas delas, para efeito de consumo, são, em si, produtos complexos, que não raro, utilizam papel, tinta, cola, material pet e verniz. Outras, são exagerados objetos de acondicionamento para determinados produtos, como é o caso dos eletroeletrônicos e informática, por exemplo.

Mas, se nos voltarmos para o acondicionamento de produtos alimentícios, então o susto é muito maior, pois boa parte dos produtos alimentícios processados deixaram de ser embalados em vidro e lata para serem acondicionados em potes, sacos e uma imensa variedade de produtos da mesma natureza. E estas embalagens também utilizam um verdadeiro complexo de diferentes produtos na sua confecção e, por isto mesmo, são de difícil decomposição...

A discussão sobre o lixo produzido sempre pressupõe ou leva a outra discussão, sobre o aumento paulatino, porém ininterrupto do nível de consumo individual e familiar, nas sociedades urbanas, pois em certa medida, parte do lixo que hoje é gerado decorre justamente no abuso do consumo ou, ainda, no descarte de produtos decorrentes do consumo feito impensadamente, por impulso.

É que chegamos a um tempo de tal abastança que precisamos refletir sobre o consumo, mas não daquilo que precisamos para a nossa sobrevivência imediata, mas justamente daquilo que podemos dispensar ou, francamente, não precisamos para viver! Nos EUA e Japão, por exemplo, esta é uma discussão que está na altura da urgência, envolvendo a sociedade, a indústria e os governos.

Assistindo a um programa sobre automóveis neste domingo – 12.06, assisti a uma matéria que fala das soluções apresentadas pelos fabricantes de veículos para o transporte de compras de víveres e bens de consumo no bagageiro dos veículos, mediante diferentes soluções e traquitanas, que estão de acordo com as novas exigências impostas mercadológicas, especialmente com a exigência de adequação à legislação e política ambiental.

O objetivo das tais traquitanas – diversas modelos diferentes de caixas e bolsas de transporte, e dar aos proprietários dos veículos dispensar as famigeradas sacolinhas de plástico dos supermercados, com o acondicionamento dos produtos diretamente nelas…

Estas iniciativas são muito importantes e chegam em muito boa hora, pois as tais sacolinhas são um atentado contra a natureza e o desafio, em termos de conservação ambiental, o que pode ser observado às margens das rodovias, onde elas são lançadas no acostamento por gente mal educada e abusada e, depois vão sendo arrastadas pelo vento pela pastaria – onde é um perigo para o gado – ou vão sendo arrastadas pelas enxurradas em direção aos cursos d'água.

Nas áreas urbanas, o controle delas também é difícil, e o volume de sacolas que são encaminhadas para os depósitos de lixo é absurda. Some-se a isto, o descarte de garrafas pet e cascos de coco, pilhas usadas nas ruas e se percebe o tamanho do problema e o custo financeiro do desafio...

Pudera! Fiz as contas: em minha casa entram maios ou menos cinquenta(!) sacolinhas plásticas por semana. Felizmente, num bairro próximo ao meu, existe uma cooperativa de reciclagem de papel, plástico e outros materiais e, a coleta é feita nos bairros circunvizinhos duas ou três vezes por semana.

Em alguns países, muitos progressos já foram alcançados, à conta de iniciativas educacionais e uma pesada legislação de conservação ambiental, obrigando cada pessoa e cada família a assumir atitudes e compromisso em torno do controle do consumo e da geração de lixo.

Mas, voltando às traquitanas de transporte que estão sendo incorporadas aos veículos, acabei me divertindo com os testemunhos dos fabricantes, sempre tecendo comentários espertos sobre “agregação de valor” e “iniciativa de colaboração com a preservação ambiental”.

Ri bastante, me lembrendo das formas práticas que as donas de casa, há tempos, usam para transportar e acondicionar as compras da feira - a famosa (e bem feiosa) sacola de feira e o interessante carrinho de feira, que já tem uma versão dobrável, que lembra justamente as traquitanas boladas pela indústria automobilística!

Mas recordei também que, neste sentido, meus pais e avós poderiam ser considerados gente de uma geração de pioneiros, nesta matéria.

Me lembro que em meu tempo de criança, quando os veículos de transporte mais comuns para curtas distâncias na minha região eram, pela ordem, a carroça, o cavalo e a bicicleta.

Era um tempo em que embalagens plásticas para o acondicionamento de produtos era quase desconhecida.

Na zona rural, os produtos produzidos pelas famílias eram acondicionados em tulhas e paióis. Para transportá-los em pequenas quantidades de um lugar para outro, eram usados os sacos de aniagem que vinham de uso anterior na indústria cafeeira. E os poucos produtos que exigiam acondicionamento na cidade, vinham em sacos de papel ou caixas de papelão, que traziam os produtos da indústria.

A maioria dos produtos industrializados adquiridos na cidade, porém, eram levados para a zona rural dentro de diferentes objetos de acondicionamento. Para o cavalo, haviam as enxergas, uma espécie de saco de tecido grosso e comprido, aberto no meio e que permitia acondicionamento nas duas pontas, que eram equilibradas na garupa dos cavalos. Nas carroças, os produtos eram acondicionados nos gavetões laterais, sacos de aniagem, embornais de tecido ou latas, dependendo do produto, pelo lado de dentro. Nas bicicletas, eram comuns o uso de uma caixa aberta afixada na garupeira para tanto, ou latas e embornais, se o volume fosse pequeno.

Disse linhas acima que meus avós e pais “pareciam” pioneiros no uso de embalagens ambientalmente corretas porque, não era exatamente este o caso. Era um outro tempo e uma outra situação. Boa parte da população da região do vale do rio Turvo, interior de Goiás, ainda estava fixada no campo, era um outro tipo de sociedade e um tempo de consumo muito reduzido de produtos industrializados, em face do dinheiro curto e contado para as despesas anuais, para as famílias da região...

A geração que veio em seguida, assistiu a uma verdadeira revolução nos hábitos de consumo, desde o ramo alimentar até o ramo das comunicações e, depois, informática, aderindo imediatamente aos hábitos de consumo correspondentes.

Neste sentido, tanto faz que uma cidade tenha 1.200.000 habitantes, como é o caso de Goiânia, ou 4.500 habitantes, como a minha cidade natal. Por conta da variedade de composição e volume, o controle do lixo é um desafio em qualquer lugar, em face do desafio administrativo e da ameaça ambiental que representa.

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sexta-feira, 10 de junho de 2011

Fica, Zé-Luiz-não-sei-quem, no ministério-de-não-sei-o-quê! E... FORA, ABBADAD!

Fica, Zé-Luiz-não-sei-quem, no ministério-de-não-sei-o-quê! E... FORA, ABBADAD!

Zé-Luiz-não-sei-quem é o ministro da petezada do carvalho ideal: nubladão, (ainda) não promoveu polêmicas, não assaltou os cofres públicos, não promoveu advocacia administrativa, não perseguiu hipossuficientes jurídicos, nem agride a Lei, as instituições ou o bom senso.

Daí, que não há motivos para que ele deixe o cargo - quem não está contente com sua atuação regular no ministério-de-não-sei-o-quê é a matilha hidrófoba de sua própria agremiação política, o que indica um sinal de perigo imediato - pois, sabemos, o que é bom para a Igreja Universal da política brasileira, é sinal de potenciais prejuízos e dores de cabeça para o país.

Por isto, defendo com veemência a sua permanência no cargo.

Abbadad, o ministro dissimulado, sem-educação, ao contrário, faz o tudo o que foi descrito acima, com o acréscimo de incompetência e indícios preocupantes de irregularidades que podem ser bem mais do que isso.

Vai daí que o negócio é promover uma campanha cívica:

FICA ZÉ-LUIZ-NÃO-SEI-QUEM! Nós vamos formar uma corrente para defendê-lo dos lobos da petezada do carvalho. Você (ainda) não dá trabalho.

E... FORA ABBAD!

FORA! Fora com sua incompetência e populismo que destruiu o ENEM e que agrediu as famílias brasileiras que precisam da escola públia para os filhos, impingindo-lhes apologias, em vez de educação e, forneceu-lhes matereais que servem para tudo menos o ensino correto da língua e, das ciências.

FORA ABBADAD - mas, antes, passe na tesouraria do Ministério da Educação (entendeu, Abbad? Educação - o negócio e ser eficiente e promover a educação e o ensino, e não, fazer proselitismo político - e, não vem que não tem: ações de combate ao preconceito é uma coisa. E apologia deslavada é outra, muito diferente) e faça uma GR do valor do kits de apologia homossexual e dos livros errados!

E leve os livros errados e os kits, consigo, ABBADAD - se são tão bons e eficientes assim, leve para o colégio onde estuda sua galera.

Não é ABBADAD? Vá para a escola da galerinha e mande os professores ilustrarem as aulas com os kits e os livros - e confira o resultado junto com a galera, uma aula após outra, ABBADAD!

Quero ABBADAD fora do governo - mas, quero o dinheiro gasto irregularmente de volta ao tesouro
.
Aquilo é dinheiro do contribuinte, lembra, ABBADAD?

Fica Zé-luiz-não-sei-quem! Você ainda não descobriu o busilis da Igreja Universal da política brasileira. Ou ela ainda não descobriu as po$$ibilidades de seu ministério-de-não-sei-oquê ou os seus... talento$!

E, fora, Abbad, porque as famílias brasileiras e o erário não podem correr o risco de descobrir mais alguma causa ou apologia de seu interesse, em relação à educação.

O que seria, Abbadad? Briga de anões leninistas, nús e besuntados em classe de aula?

Escroto...
........................
À tarde de 10.06.2011 - O Zé Luiz-não-sei-quem, cujo apelido era "garçom", acaba de perder o cargo. E para o seu lugar no ministério-de-não-sei-o-quê, vai a irriquieta Ideli Salvatti.

Um troço curioso: ela era ministra da Pesca. Acreditam nisso? Já ouviram alguma coisa a respeito deste ministério, nos últimos tempos?

Parece que a opção da presidente foi por alguém que faça muito barulho - igual a um tambor, que é ouvido de longe, mas está sempre vazio...

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quinta-feira, 9 de junho de 2011

Cesare Battisti livre para ficar no Brasil - Mas, o Brasil fica menos civilizado com a negação de sua extradição...

Cesare Battisti livre para ficar no Brasil - Mas, o Brasil fica menos civilizado com a negação de sua extradição...

Cesare Bastistti, um latrocida frio covarde e impiedoso, que travestia seu banditismo de ação política (assim como tentam fazer os facínoras que fazem parte do Comando Vermelho brasileiro, por exemplo) entrou ilegalmente no Brasil, fugindo do cumprimento de pena aplicada pela justiça italiana mediante o devido processo legal, a despeito do venerando tratado estabelecido entre o governo brasileiro e o governo da Itália, conseguiu o inimaginável - o direito de permanecer livre e impune no Brasil.

A última manifestação era do STF, mas a decisão quanto à extradição era do(a) presidente da república. Mas o petismo chegou ao governo e o populismo chegou ao Supremo Tribunal Federal - e um bandido frio, covarde e impiedoso foragido do continente europeu está livre, leve e solto para ficar (muito à vontade) em nosso país, para vergonha de muitos e orgulho de alguns - entre os quais estão aqueles cuja mentalidade e ações já se aproximaram ou se aproximam da mentalidade do outro.

Muitas questiúnculas e mumunhas foram utilizadas na argumentação em favor do assassino italiano. Mas, todas elas passavam longe do aspecto principal. A condenação por um tribunal e segundo as leis, a fuga do condenado e o direito do Estado italiano solicitar, em cumprimento a um tratado internacional recepcionado pela nossa Constituição, que extraditasse o criminoso.

Os membros da Corte Constitucional brasileira, contrariando sua tradição e sua história, resolveram trilhar pelo fácil e lamentável do populismo, que resulta no empobrecimento do papel da instituição e, enfim, da cultura jurídica nacional. Basta recordar o caso da manifestação exarada para resolver a questão da apresentação de documentação de identificação nas eleições passadas, depois no caso da apreciação da questão das relações homoafetivas - quando, sem mais e nem menos, legislou, fazendo aquilo que era papel do Congresso Nacional...

E lembro que o maior advogado de sua causa, Battisti teve de graça - foi o ex-ministro da justiça, o repugnante ignóbil Tarso Genro. Foi ele, ministro de Estado, que patrocinou a provocativa e esturda tese do suposto perigo de vida de Battisti em solo da civilizada Itália (de onde herdamos a sabedoria prática do Direito romano), em caso de extradição.

Quem, seguindo a Constituição e o tratado firmado, poderia ter resolvido tudo? O ex-presidente da república. Quem ainda pode nos livrar desta humilhação diante do mundo? A atual presidente da república. Basta invocar a Constituição e o direito de rever um ato evidentemente equivocado de seu antecessor.

Para muitos, é apenas um tempo de consternação. Para outros, é o momento de denunciar, protestar e agir.

Caso contrário, independente da crise estabelecida no longo e profícuo relacionamento entre Brasil e Itália, dificilmente o Brasil deixará de ser arrostado ao Tribunal de Haia, para responder por esta vergonhosa e agressiva atitude - logo em Haia, onde já pontuaram figuras luminares do Direito brasileiro, onde se bateram pela civilidade contra a barbárie - o grande Rui Barbosa e o ex-ministro e professor de Direito Internacional Francisco Rezek são dois nomes que vem à mente, enquanto escrevo.

Os que gostam da política do "quanto pior, melhor", independente de cor partidária ou ideologia tem o que comemorar. Os partidários do governo petista, por exemplo, que seguidamente vão inserindo nos programas de governo da União um incrível arsenal de teses e propostas que contrastam e contestam a ordem legal e constitucional estabelecida.

Muita gente boa anda desiludida, consternada, temerosa com o rumo das coisas, em nosso pais, vendo, dia após dia, a ameaça que tudo isto representa.

Eu Não sou de consternação. Acredito na democracia representativa, e na vitória da civilização contra a babárie. E um dia após o outro, vou defendê-la, denunciando e acusando aquilo que entender como nocivo aos interesses do Brasil.

Cesare Battisti é um latrocida frio, covarde e impiedoso. E seu lugar é na cadeia, para pagar pelos seus crimes. Pensar de forma contrária, é solidarizar-se e afiliar-se sentimentalmente aos seus delitos, além de prantear a barbárie.

A esquerda e o governo brasileira estava bem informada sobre o verdadeiro partido de Cesare Battisti, mas à par de sua alegação mentirosa quanto às razões dos crimes cometidos e da suposta ameaça de vida que corria, posicionou-se imediatamente em sua defesa. O que isto quer dizer?

Quer dizer que os esquerdistas entendem que a legislação penal e o sistema judicial estabelecido constitucionalmente nas repúblicas democráticas não tem legitimidade para julgar os crimes deles, os esquerdistas. Quanto aos seus crimes, é preciso prestar atenção, eles acham que tem a reserva para estabelecer o que é ético, moral e legal.

Percebem o perigo que esta gente representa? Lembremos, apenas a título de ilustração: Palocci, que já vinha de um escândalo relacionado com a coleta de lixo na cidade de Campinas, foi denunciado pelo caseiro por promover festins regados a bebidas e prostitutas no Lago Sul, em Brasília e, em represália, contra o coitado um crime gravíssimo - vasculhou sem autorização legal a sua vida fiscal e bancária. E por isso, caiu.

Mas, o ogro de Campinas foi absolvido pelos petistas e, depois de eleger-se Deputado Federal por São Paulo ("Eh, São Paulo, Eh, São Paulo!...") voltou ao governo, quando foi pilhado em nova delinquência, constituída pelá prática do crime de advocacia administrativa.

Todavia, ele saiu aplaudido de pé pelos seus pares do governo - a presidente da república, que diziam ser durona, quase foi às lágrimas, entrementes lamentar pela solicitação de exoneração do cargo apresentada por um bandido!

De qualquer forma, a senha está dada - e as portas do país, fraqueadas. Qualquer tipo assassino pode fugir da responsabilização criminal e fugir para o Brasil, desde que seja partidário de alguma causa confusa ou confusa, dentro do leques de bizarrices defendidas pelas esquerdas. Sem dúvida, nosso país, mais e mais se assemelha a uma república de banaeiras, jabuticabeiras e laboratório de teses do esquerdismo derrotado pela história e pelos fatos e, enfim há lugar e ocupação para gente de todo o tipo.

Talvez tarde, mas como em muitas outras ocasiões históricas, o país retorna ao trilho luminar e orgulhoso da razoabilidade!

A civilização é questão de duras escolhas. Já a barbárie, como sabemos, muitas vezes se constitui na adesão às facilidades de projetos políticos, programas de governo e desejo de evolução patrimonial ilícita.

O que Battisti vai fazer no Brasil? Um palpite: fundar uma ONG - dedicada à inclusão social, direitos humanos ou coisa assim, que vai ser custeada por recursos públicos e sustentar o criminoso. Consultoria, não dá, pois virou uma espécie de especialidade dos petistasa...

Duvidam?

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segunda-feira, 6 de junho de 2011

Couro de paca - 06 tankas irônicos sobre Palocci e outras figurinhas...

Couro de paca - 06 tankas irônicos sobre Palocci e outras figurinhas...

01. Palocci vai caindo
depois despenca o Haddad --
é o PT no poder

cai um Palocci e vem outro
cai um Haddad e tem mais

02. a justiça vendada
a PF com as mãos algemadas
e silêncio no MP

é sujo, mas funciona bem
bom pra quadrilha do PT

03. vai perder o cargo
e ficar sem o salário --
mas tá milionário

ninguém mexe com o mala
é de um governo de malas

04. um outro governo
e as mesmas quadrilhas --
cale a boca, padilha!

melhor o excesso da mídia
que o excesso dos ladrões

05. 10 - 7 = 4
no livro de matemática
que o Haddad fez

nada o preocupa dos filhos
na escola particular

06. um couro de paca
não sabe se vai ou se fica --
é o Palocci na fita

e a nossa presidente
ouvindo conselhos dementes

07. vupt, cataplof!
alguém caiu do salto
foi o Paloffi

plic, plac, plic plac - sim, Brasil
Gleisi na Casa Civil

08. triste presidente
se fingia de esfinge --
parece que dormia

Palocci desencantou
e a boneca acordou

09. "peixe fora d’água
Zé Luiz não serve pra gente
sra. presidente"

chegou a Ideli Salvatti
sei tutti bonna gente

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