quarta-feira, 31 de agosto de 2011

"Fina Estampa", da Globo: escapamos da interpretação de Caetano...

"Fina Estampa", da Globo: escapamos da interpretação do Caetano...



Quando anunciaram a nova novela das oito da Globo com o título de "fina Estampa", fiquei preocupado: será que íamos ter de tolerar mais uma música de Caetano Veloso numa trilha sonora de novela? E, ainda mais a mascada versão de "Fina Estampa" de Isabel "Chabuca" Granda (autora da célebre "La flor de canela")?

Alguns sites andaram anunciando que, a pedido do autor da novela, Aguinaldo Silva, o tema de abertura da novela seria mesmo a tal música, variando quanto a dizer que seria a versão interpretada pelo cantor brasileiro ou que se tratava de uma versão instrumental...

Pelo menos em minha casa, ninguém põe a mão no controle remoto na hora da novela das oito, a não ser minha esposa. Vai daí, que pensei: "A voz de Caetano todo noite, mandando ver "Fina estampa" - brrrrr!".

Mas, quando chegaram as chamadas da novela, o que tocava era um alegre samba, composto por Sombrinha e com o título idêntico ao da música de Granda. "Beleza!”', pensei. "Escapamos da lastimável interpretação de Caetano".

Mas (oh-oh, o "mas")...

...Quando a novela estreou, verifiquei que, em vez do samba das chamadas entrou a música "Recado", do chatonov do Gonzaguinha!

Que lástima: o Fagner encasquetou de não deixar o patrimônio musical de Gonzaguinha ser esquecido. Gravou, gravou e regravou, para mantê-lo ouvido. Aí, resolveram levar o negócio a sério.

Por isto, já estamos na segunda novela em que a trilha sonora é de música do cara - ele, e sua letra cheia correção política datada e aquela voz meio chorona e entediante.

Nem! Isso de "eu acredito/ é na força da rapaziada"... é canseira que já deu no saco, porque aquela rapaziada acredita hoje em coisa muito diferente...

Caetano Veloso é um grande e indiscutível cantor e compositor, de quem me considero fã e ouvinte atento. Mas, de vez em quando, ele abusa das liberalidades e respeito com a própria obra. É o caso da lamentável interpretação de "Fina Estampa".

E Gosto do Fagner também. Bom compositor, que também firmou-s como excelente cantor e interprete. Mas, ressalvo, é claro, as interpretações das músicas do Gonzaguinha, porque não tem que dê jeito naquelas chaturas...

De Zés, Dirceus, manés, ladrões de hóstia e combate ao crime...

De Zés, Dirceus, manés, ladrões de hóstia e combate ao crime...

Numa entrevista à Folhateen, José Dirceu - aquele a quem o Procurador-Geral da República chamou de "chefe de quadrilha", na denúncia do Mensalão ao STF - informa em que altura da vida descobriu que tinha pendores (e talento) para o crime: quando era coroinha!

O pais da piada pronta. O Brasil, mais e mais, parece só isto. Tudo, por conta da leniência dos brasileiros, é claro.

Feito manés, vamos indo, na balada da invencionice, das "novidades" não aconselháveis, quando não, da sem-vergonhice costumeira ou do oportunismo deslavado. Por isso, dá no que dá.

Por exemplo: primeiro se criminaliza determinada conduta como criminosa, segundo valores morais, que se traduzem num tipo penal ("não roubar", "não matar", "não obter vantagem ilícita"). Depois, começam a aparecer os descompromissados, os sem-vergonhas e os oportunistas, para enquadrar tais condutas segundo o seu “poder ofensivo” e assim, vão alimentando uma cadeia de eventos em torno de uma argumentação falha e balofa, passando por cima de todo o edifício de valores envolvidos (do que decorre que um e outro crime, são equivalentes, na medida em que ofendem valores morais caros à sociedade).

E supostamente faltando cadeias para trancafiar criminosos, mas havendo recursos públicos para serem saqueados pelas quadrilhas que chegam ao governo e sobrando, por outro lado, irresponsabilidade e compromisso dos governantes se resolve pela aprovação de leis que livram a cara da (suposta) categoria de criminosos “de menor poder ofensivo”, que, não raro, são capazes ou os mesmos que praticam os crimes mais violentos e assombrosos - pois é sabido que a um pequeno traficante não incomada a prática de assalto a mão armada ou latrocínio, dependendo da necessidade momentânea e da oportunidade que se oferece...

Só num pais grande, porém muito sem vergonha, é que esse tipo de idéia e conduta persevera!

Recordemos que, na cidade de Nova York, após décadas, colocaram um freio na criminalidade justamente recuperando o valor de natureza moral envolvido na definição dos crimes e das penas, do que resultou o conceito publicitário - meio dãaaaa!, de “tolerância zero”, tendo sido alcançado bem mais que o resultado inicialmente educativo e preventivo inicialmente esperado, pois o que se verificou foi impactante, em termos de redução drástica da prática de crimes, independente do "poder ofensivo" envolvido, tendo por isto mesmo a tal política de combate à criminalidade virado modelo para o mundo.

E os americanos estavam absolutamente certos, no diagnóstico do problema e na proposição da solução ideal, pois sabemos pela nossa história recente que um sujeito que começa roubando hóstia na igreja, pode muito bem chegar a pegar em armas, matar, roubar, corromper e conspirar, em nome de suas paixões, sejam elas dinheiro, ideologia e poder (ou dinheiro, com o disfarce das outras duas).

O link da notícia:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/mais-uma-confissao-%E2%80%9Ccheguei-a-ser-coroinha-mas-roubava-hostia%E2%80%9D-diz-ze-dirceu/

terça-feira, 23 de agosto de 2011

Um rapper na invasão do Ministério da Fazenda pelo MST...



Um rapper na invasão do Ministério da Fazenda pelo MST...

Tá ficando complicado. Além parece que as lideranças do MST também são do tipo sem noção ou analfabetas: erraram de porta e acabam de invadir o Ministério da Fazenda, em vez do Ministério da Agricultura! Será que querem fazer reforma agrária da Fazenda da Presidente?

E o mais engraçado de tudo é que tem um rapper perdido no meio daquela gandaia. Um rapper, sim. Pegue o link abaixo e o veja, à esquerda, com toda pinta e circunstância:

http://noticias.uol.com.br/album/110823MSTminFaz_album.jhtm?abrefoto=3#fotoNav=4

“Firmeza, mano! Vamo botá pra quebrá nesse bagulho de roça e governo aí…”

Resolveram testar a autoridade da presidente da república. Querem saber se ela é mesmo durona. E agora?

Uma sugestão: persecução penal com as garantias de praxe, condenação e aplicação da seguinte sentença:

- obrigação de cada um dos vândalos a fazer o que dizem que querem fazer: levantar cedo, pegar o financiamento governamental, arar a terra, plantar, cultivar, colher a lavoura e viver disso - rapper incluído!

Marte - 01 haicai



Marte - 01 haicai

ciência à parte
parece até familiar
a paisagem de Marte

terça-feira, 16 de agosto de 2011

Espantoso: um ex-diretor demitido assina contratos pelo DNIT. O que está acontecendo por lá?

Espantoso: um ex-diretor demitido assina contratos pelo DNIT. O que está acontecendo por lá?

Deu no Estadão* que o Sr. Luiz Pagot, demitido do cargo de diretor-geral do DNIT em virtude de seu envolvimento com a corrupção endêmica em torno da contratação de obras públicas, assinou pelo menos um termo aditivo de contrato, depois de sua demissão.

É um espanto, quando se leva em conta que, de acordo com a lei, um dos requisitos básicos da prática de ato administrativo é a competência. Do que decorre a nulidade do ato, se praticado por autoridade incompetente ou pessoa ou pessoa que não ocupe cargo público - no caso, o contrato assinado.

Mas, esta notícia pode estar revelando algo bem mais preocupante - o indício de crime de licitação previsto na Lei Federal nº 8.666/93, a partir do seu Art. 80, pois pode estar indicando a assinatura de contratos com data retroativa à época em que o Sr. Pagot ainda era servidor do DNIT, ainda que em "férias" - o que pode ser um sério indício de garantia de cumprimento de ajustes e jogadas ilícitas entre as empresas contratadas e o pessoal do DNIT - ele incluído...

Como apurar a ocorrência? começando pelo acompanhamento do sistema eletrônico de protocolo do processo.

Quem deve apurar? Pelos fumos, o caso é de polícia e a competência é da Polícia Federal - que, por lei, lembremos, não precisa de autorização nem tem o dever de comunicar quem quer que seja, do feito. E deixemos esse negócio de CGU e TCU para lá, porque os dois órgãos estão mais para perfumaria ou desimportância.

Mas, cabe a observação de que, no caso, o sistema de corrupção estabelecido no DNIT desafia não só a lei e os princípios que direcionam a Administração Pública, como suplanta e desafia, no tempo e no espaço, a autoridade da presidência da república...

Este fato se constitui numa pincelada do que é o quadro estabelecido pela república da petezada do carvalho, desde que chegou ao Planalto, com sua foma avassaladora de poder e dinheiro a qualquer custo.
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Olha o link do Estadão:

http://www.estadao.com.br/noticias/impresso,fora-do-cargo-pagot-assina-contrato-do-dnit,759064,0.htm

terça-feira, 9 de agosto de 2011

Ameaça na fronteira com o Peru - primeiro e bom teste para Amorim, no cargo de Ministro da Defesa...

Ameaça na fronteira com o Peru - primeiro e bom teste para Amorim, no cargo de Ministro da Defesa...

Um experiente servidor da FUNAI denunciou à Folha de São Paulo* que um posto de serviço do órgão (e uma aldeia indígena a ele correspondente) se encontra sob o cerco e ameaça de traficantes peruanos, em território brasileiro, próximo da fronteira entre o Brasil e o Peru.

Pelo retrospecto da atuação de Amorim como chefe do Itamarati e como sabemos que ele não gosta de perder (embora tenha perdido todas as batalhas que travou, em nome do Brasil, atuando como comandante da diplomacia brasileira**), sabemos que Amorim sabe que o desafio está em sua altura e não vai deixar passar em branco esta oportunidade de demonstrar todo o seu zelo pelas atribuições de seu novo cargo, à bordo de sua visão de mundo - curiosa, conturbada, por assim dizer.

Digo que Amorim tem uma curiosa e conturbada visão de mundo, porque ela não é bem marxista, nem terceiro mundista: ela atroz, atrasada, perigosa, estúpida e leviana, em relação aos interesses de uma país democrático e de futuro. Tudo se baseia na perspectiva do "quanto pior, melhor".

Nada de preservação de soma de esforços, de preservação das conquistas civilizadas e civilizatórias ou um mínimo de bom senso. Bem ao contrário, sempre as surradas iniciativas de contemporizar o governo e as autoridades brasileiras com os párias, golpistas, governos autoritários e iniciativas ameaçadoras e perigosas, levada a cabo no plano internacional.

Afagos e apoio para os governos do Sudão, Irã, Venezuela, Bolívia, Cuba e o culto à disseminação de ideias e ideologias ameaçadoras (autoritarismo, fundamentalismo, terrorismo, genocídio, etc), eram a pedra de pontuaram sua estúpida condução da diplomacia do país, nos governos passados.

Agora, o homem ganhou o vistoso - e exigente - cargo de Ministro da Defesa. Vai liderar as forças armadas, que prima pelo compromisso com a defesa da pátria, a ordem, a hierarquia e o profissionalismo. Para corresponder, vai ter usar um tipo adequado de salto alto (e o leitor me entende bem)...

Não é à toa, aliás, que as forças armadas reagiram com consternação diante da indignidade da nomeação do diplomata em questão para liderá-los.

Não tenho dúvidas de que vai ordenar imediatamente o envio de contingente das forças armadas brasileiras para... prender os servidores da FUNAI que estão criando a situação desconfortável para o país.

Além disso, imagino que irá solicitar a demissão do servidor que, de modo temerário, denunciou a um órgão da imprensa a situação ameaçadora que o pessoal da FUNAI e os indígenas vivem por lá, no momento.
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Para chegar ao desespero de denunciar a situação à imprensa, fico imaginado o quanto de comunicados o tal servidor fez para Brasília, sem que lhe dessem pelota, ignorando o risco de vida que ele e seus colegas correm!...

*Olha o link:

http://www1.folha.uol.com.br/poder/955912-traficantes-cercam-funcionarios-da-funai-no-acre.shtml

Link para um excelente artigo que elenca e comenta todas as derrotas que Amorim sofreu, como chefe da diplomacia tupiniquim:

http://veja.abril.com.br/blog/reinaldo/geral/o-megalonanico-na-defesa-militares-reagem-entre-o-escarnio-e-o-desconsolo-a-escolha-e-de-lula/

O governo ridículo e predatório de Chavez - estatização do engarrafamento de água mineral...

O governo ridículo e predatório de Chavez - estatização do engarrafamento de água mineral...

Chavez anuncia em tom ameaçador que vai estatizar o setor de engarrafamento de água mineral, da Venezuela. A pergunta é: o que governo tem há ver com produção de água mineral? Quem volta a atenção para o engarrafamento de água, logo se encafifa com o engarrafamento de refrigerantes e bebidas em geral, certo?

A explicação para o avanço do governo chavista sobre o setor em questão se torna bem mais patética do que parece na medida em que ele denuncia que já não há muita folga para a tomada de assalto do setor produtivo venezuelano pelo governo chavista, que começou pelo setor bancário, avançou para o setor de imprensa e, depois foi engolindo tudo, inclusive a estratégica indústria de transformação de cerais e produção de cimento.

Com Chavez e sua quadrilha, a coisa é sempre assim: ataca um setor, arranca dele os recursos financeiros que pode, desvia para as contas de parentes e amigos e cobre deficits governamentais com o que sobrar, joga o setor assaltado às moscas e passa para o setor seguinte.

Ou seja, é um governo de natureza predatória - e que, por isto mesmo, se destina à destruição do que encontra pela frente, em vez de erigir algo em benefício do país, pois está calcado num simples objetivo, escondido atrás do discurso estúpido e espalhafatoso, isto é, a apuração de recursos financeiros para o enriquecimento rápido e ilícito.

Tempos atrás, pesquisas indicavam que o governo chavista tinha dizimado cerca de 50% por cento da outrora orgulhosa Venezuela. A quantas anda isto agora?

Espera-se que Chavez se recupere o mais breve possível da doença que lhe dá a deixa para suas escapadelas para Cuba - a ilha governado pela gerontocracia ditatorial dos Castro, para que permaneça em solo venezuelano e, mais cedo ou mais tarde, responda a seu povo por tudo quanto praticou de ilegalidade e rapina em sua passagem pelo governo...
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Enquanto isto, no Brasil, o BNDS deixa, na prática de ser um banco de fomento financeiro - já que perdeu o controle sobre os seus ativos financeiros, isto é, empréstimos ao setor privado, e passa a ser um guichê de promoção e financiamento dos apaniguados do governo, com contínuos aportes de recursos saídos diretos do caixa do tesouro do governo federal.

Basta que gente do porte de Eike Batista estalar os dedos, que uma montanha de dinheiro público cai na conta, para financiar mais uma grande jogada onde ele (e muita gente boa, dentro do governo) ganha uma fortuna sem produzir nada...