terça-feira, 28 de junho de 2011

O processo do Mensalão e seus felizes réus. Ou: "Força, ministros!"...

O processo do Mensalão e os seus felizes réus. Ou: "Força, ministros!"...

A apuração do conjunto de crimes resultantes do escândalo do Mensalão não é apenas uma questão de cumprir os princípios da Moralidade e Legalidade, constantes do caput do Art. 37 da Constituição Federal. É questão de Estado, sobrevivência da democracia representativa, correção da corrupção política e educação dos cidadãos.

O Procurador-Geral da República não poupou adjetivos e classificou as autoridades e parlamentares envolvidos de bandidos e chamou o ex-chefe da Casa Civil, José Dirceu de "chefe de quadrilha". Isto dá o tom e a gravidade da denúncia e a necessidade de sua rápida apuração e a punição dos culpados.

Mas, aí, começam as encrencas. Os envolvidos tem privilégio de foro. Por isso, só podem ser processados no Supremo Tribunal Federal.

Apresentada a denúncia, o processo foi distribuído ao agitado e polêmico ministro Joaquim Barbosa. E aí... Tem gente que chega a dizer que os réus do processo do Mensalão também conseguiram o "privilégio de Ministro", o que é uma maldade irresponsável!

De qualquer forma, Muita gente anda frustrada e decepcionada com o andamento do tal processo. Os envolvidos nos crimes do Mensalão, só tem motivos para comemorar: despacho não vai, manifestação não vem, providências não acontecem, licenças não param de ser requeridas e, sentença não se avista, e o crime de formação de quadrilha já está prescrito. Com um pouco mais de dedicação e!...

Na técnica de investigação criminal, uma pergunta é sempre feita, na investigação dos crimes: "a quem aproveita?". Mas, o ministro Barbosa acha um acinte qualquer alusão a tal raciocínio ou qualquer alusão à ligação dos crimes praticados pela quadrilha liderada por José Dirceu com o então presidente da república.

Ele um ministro do STF e não, um reles delegado de polícia, evidentemente. Por isso, raciocina nestes termos...

A nossa Corte Constitucional passa por um momento grave e lamentável - deixou-se levar pelo populismo e, anda tomando decisões lamentáveis, não raro fazendo as vezes de legislador, em vez de intérprete.

Por isso, parece que o presidente daquela ilustre e Colenda Conte parece não exergar a chicana que vem sendo feita em relação ao processo dos crimes do Mensalão. Mas, se tivesse tempo, é impossível duvidar que não agisse conforme as graves implicações e honra de seu cargo.

Então, o negócio é desejar tempos melhores e mais arejados para o Supremo Tribunal Federal e seus ministros.

De repente as coisas mudam e até a minha geração consegue ver uma sentença no tal processo - nem que seja de apreciação de pedido de arquivamento em razão da prescrição dos crimes!

Pra frente, ministros.

Como naquela música que o Juca Chaves cantava andando para trás - lembram?

"Este é um pais que vai pra frente
Rô Rô Rô Rô Rô
De uma gente amiga e tão contente
Rô Rô Rô Rô Rô
Este é um país que vai pra frente
De um povo unido, de grande valor
É um país que canta, trabalha e se agiganta
É o Brasil de nosso amor!"

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