segunda-feira, 6 de fevereiro de 2012

Os capangas da imprensa, os desmortos do Pinheirinho e os mortos de Salvador...

Os capangas da imprensa, os desmortos do Pinheirinho e os mortos de Salvador... É surreal e, só pode acontecer no Brasil: os partidos de esquerda, capitaneados pelo partido que governa o país, decretou a morte de várias pessoas na planejada invasão do Pinheirinho, terreno cuja ocupação foi promovida pelo exótico PSTU. A imprensa paulista, que deveria ajudar a elucidar e noticiar os fatos, preferiu se comportar como capanga dos partidos esquerdistas, contribuindo para a assustadora e farsesca matança e sumiço virtual de civis, durante a desocupação da área do Pinheirinho, por membros da Polícia Militar do estado de São Paulo... De fato: a Polícia Militar paulista não matou nem desapareceu com ninguém no Pinheirinho, mas os partidos de esquerda decretaram sua charia eleitoral e a imprensa, na prática, a executou. E assim, muita gente que se encontrava vivinha da silva, amanheceu morta nos jornais, revistas, sites e blogosfera a favor (isto é, a grande massa de blogs aparelhados ou criados para servir ao projeto de governo dos petistas). Quando o assunto é interesse político, na política costuma vigorar leis práticas muito lassas, capazes de contemporizar os mais diferentes e dantescos comportamentos e práticas, no país. Mas se o caso se trata do partido do partido dos trabalhadores e do atual governo brasileiro e, especialmente, se o alvo político for São Paulo, então o que vigora - desde sempre é a lei do vale tudo. À parte informar ao seu público, à imprensa que atua dentro de um ambiente político e cultural e, ainda mais, é parte institucional integrante do sistema constitucional nas democracias representativas, não é defeso o exercício de sua atividade se afiliando a qualquer corrente ideológica, muito pelo contrário (neste sentido, basta lembrar que, nas eleições presidenciais americanas, é praxe que os jornais ou seu redator-chefe declare sua opção partidária ou preferência por determinada candidatura. Da mesma forma, alguns jornais da Europa por determinada linha ideológica). Mas, quando o exercício de sua atividade vai além disto, entrando pela vereda partidária, a coisa é diferente, pois no exato instante que tal escolha é feita, o compromisso com a verdade jornalística fica ameaçado, senão comprometido, pois deste compromisso resulta uma grande influência na precipitação de uma realidade objetiva que deveria ser desnudada, prescrutada, em forma de notícia ou opinião. De testemunha e vigia, a imprensa passa então, a ser parte do bruto jogo partidário que se processa. E fugindo de seu lugar institucional, entra pela seara onde a boa parte da redação se movimenta em torno de uma atividade espúria, que inapelavelmente beneficia a uma das partes. Nesta conformação, a imprensa (e a liberdade de seu exercício, um dos corolários das democracia representativa) deixa de contribuir para o aperfeiçoamento do sistema de representação política e governo, posto que se encontra dentro dentro do ringue, sendo o sparring de determinada força ou liderança político-partidária. Para uma avaliação do estado de penúria em que a imprensa fica, em situações assim, a desocupação da área do Pinheirinho, em São José dos Campos - SP, é exemplar, pois ali vemos os órgãos de imprensa repetindo à exaustão uma retratação dos fatos anunciada por um secretário da presidência da república, que foi amplificada por um ministro de Estado e, enfim, qualificada pela própria presidente da república, com um duplo objetivo: conquistar a prefeitura de São Paulo, a curto prazo, e preparar o terreno da disputa do governo de São Paulo - esta, uma fortaleza inexpugnável ao petismo mensaleiro e, aquela, uma cidadela que já foi ocupada pelo petismo, de onde foi enxotado pelo voto dos paulistanos. Como já se viu, é mesmo um vale tudo - até mortes, desaparecimentos e sevícias fictícias. Pouco importa que a desocupação tivesse sido determinada por sentença judiciária e, ainda, que cada passo da desocupação tivesse sido previamente comunicada e acompanhada por uma juíza togada. Aos petistas pouco importam os fatos, posto que tem uma incrível máquina (da qual a imprensa a favor é a parte mais importante, na fase final de execução) que pode movimentar mentiras montadas a partir dos fatos. Foi assim que a jagunçada da imprensa transformou vivos em mortos e personalidades intactas em almas denegridas pelo mal da sevícia... Mas, a vida e os seres humanos tem o seu jeito teimoso de resistir. E os vivos que foram ceifados de suas vidas pelos agentes do petismo e a imprensa graciosa, insistem em seguir suas vidinhas no mundo real - reproduzindo o ritual diário de se levantar, sair à rua, trabalhar, envolver-se em problemas, estabelecer contratos, de tal sorte que o exercício destas trivialidades acabou por impor a sua inafastável desmortificação no mundo virtual. Os mortos Desmorram, os inapelavelmente e a criança supostamente seviciada nem chegou a ter conhecimento do mal que lhe impingiram, denunciando-a de uma barbaridade que não sofreu. Mas, até onde sei, esta afirmação de verdade e vida não recebeu da imprensa paulista e brasileira a mesma celebração que a torpe celebração de sevícia e morte perpetrada pelos esquerdopatas. Enquanto isto, na estado de Bahia, prossegue a greve dos policiais militares, que interromperam o trabalho, mas não tiraram o trabuco da cintura. Como se sabe, o porte de arma pelo policial no exercício da profissão é uma garantia para a sociedade. E, pelo contrário, uma arma na mão de um servidor público grevista, é uma ameaça para a sociedade e um piscar de olhos para os criminosos. E quando o servidor público começa a se comportar como se comportam os criminosos - isto é, ignorando os limites impostos pela lei - a coisa se complica um bocado. A soma dos mortos resultantes dos desatinos resultantes da greve dos policiais militares baianos (com a regular decretação de morte clínica através de atestado de óbito com a indicação da causa - ligada, evidentemente, ao incrível surto de violência local) chega a 86 (oitenta e seis), aí incluída uma senhora colhida por uma bala enquanto amamentava o filhinho, numa rua, em plena luz do dia. O inferno que se tornou o estado da Bahia e, especialmente cidade de Salvador e sua região metropolitana, decorre da irresponsabilidade do seu governador, Jacques Wagner, que ante o anúncio de decretação de greve pela Polícia Militar e do que poderia decorrer disto (diante das informações pontuais e privilegiadas que evidentemente tinha, como chefe do Poder Executivo estadual), preferiu ignorar os riscos envolvidos e embarcar na comitiva da presidente da república rumo a Cuba, para lamber as botas da gerontocracia dos Castro - gente especializada em mentiras, supressão de direitos civis, tortura e morte de seres humanos está ali! E agora, existe a possibilidade entre a tropa do Exército Brasileiro e a Polícia Militar do Estado da Bahia, do que pode resultar uma série de terríveis consequências de natureza humana, institucional e política, que pode, inclusive, ter desdobramentos e médio e longo prazo. E tudo decorre da estultice autoritária de Wagner, que em vez de procurar resolver a situação, foi abrigar-se e pedir arrego embaixo da saia da presidente da república. E pensar Jacques Wagner e o partido dos trabalhadores já defenderam em praça pública o direito de greve da polícia baiana, quando estavam em cima de um palanque, nos tempos do governo de Antônio Carlos Magalhães... Mas, repito: são 86 vidas humanas ceifadas na Bahia. Mas, para o governo e a imprensa paulista e brasileira, elas não tem o mesmo peso dos vivos que a ela mesma ajudou a eliminar virtualmente, por ocasião da desocupação da área do Pinheirinho, em São José dos Campos! Fico pensando: se a imprensa brasileira continuar na balada em que vai e, resolver ser ainda mais colaborativa, conseguindo negar terminantemente as mortes físicas indesejáveis e, de outro lado, sendo um pouco mais proativa na promoção de vitimizações de pessoas desejadas para finalidades políticas imediatas, qual é o limite? O que difere o valor da vida de um desmorto do Pinheirinho e de uma vítima fatal do surto de violência de Salvador e região? Para muitas autoridades, lideranças partidárias e uma parte considerável dos jornalistas e dos órgãos de imprensa, somente isto: o interesse político partidário envolvido... Está curso no Brasil, já faz tempo, um processo dirigido de erosão de todas as instituições democráticas, com um fim muito objetivo. Umas das instituições mais dóceis na submissão a este processo é a imprensa, que aderiu sem medidas a um processo que vai, mais e mais, comprometendo o seu papel e a sua credibilidade. Pode ser que as coisas mudem. Mas o prejuízo já há um prejuízo palpável a ser contabilizado. "A Polícia Militar pode fazer greve. Minha tese é de que todas as categorias de trabalhadores que são consideradas atividades essenciais só podem ser proibidas de fazer greve se tiverem também salário essencial. Se considero a atividade essencial, mas pago salário mixo, esse cidadão tem direito a fazer greve.” - Jacques Wagner, durante uma greve dos policiais militares baianos, em 2001. “Acho que, no caso da Bahia, o próprio governo articulou os chamados arrastões para criar pânico na sociedade. Veja, o que o governo tentou vender? A impressão que passava era de que, se não houvesse policial na rua, todo o baiano era bandido. Não é verdade. Os arrastões na Bahia me lembraram os que ocorreram no Rio em 92, quando a Benedita (da Silva, petista e atual vice-governadora do Rio) foi para o segundo turno (nas eleições para a prefeitura). Você percebeu que na época terminaram as eleições e, com isso, acabaram os arrastões? Faz nove anos e nunca mais se falou isso”. -Pela sintaxe, se pode adivinhar quem fez esta declaração bucéfala e perigosa, durante o mesmo evento...

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2012

Diário do Jaboticabal - Dilma saúda a gerontocracia cubana, arrota autoridade sobre direitos humanos e, pede passagem!...

Diário do Jaboticabal - Dilma saúda a gerontocracia cubana, arrota autoridade sobre direitos humanos e, pede passagem!... A presidente juntou a escumalha de seu ministério de corruptos juramentados e a galera do BNDS (que atualmente tem um duto de alimentação ligado ao tesouro nacional e vários dutos de saída para o bolso dos nababos nacionais - tipo Eike Batista e Júnior da Friboi) e foi bater em Cuba. E o que ela foi em Cuba? A presidente eleita pelo voto direto e secreto foi a Cuba para saudar o à gerontocracia cubana, que mantém o país sob um ditadura violenta e assassina desde que tomou o poder (lá pelos anos 60 do século passado) e entregar a ela R$ 450.000.000,00 (quatrocentos e cinquenta milhões), para a realização de obras de ampliação de um porto local. Não, você não leu errado. Ela está doando de mão beijada R$ 450.000.000,00 do dinheiro arrancado das costas dos contribuintes para um dos governos mais ineptos e corruptos do planeta (a FORBES que o diga: em Cuba sobra médico mas falta aspirina. No entanto, a fortuna do Coma Andante Fidel Castro é calculada em $ 300.000,00 - trezentos milhões de dólares americanos), para, supostamente, ser aplicado numa obra de infraestrutura local. Não, outra vez você não leu errado. O governo que não construiu ou ampliou um porto sequer no Brasil nos últimos dez anos, está repassando dinheiro do contribuinte para a ampliação de um porto cubano (depois de fazer coisa parecida na Venezuela, onde o BNDS financiou a ampliação da oferta de transporte coletivo urbano para os venezuelanos)... E aproveitando o momento, a presidente brasileira resolveu, na presença de um presidente conhecido pela frieza nos assassinatos dos quais participou ou cometeu e cujo governo é responsável por quase 100.000 mortes (entre gente executada e, outras que morreram afogadas, na tentativa de fugir das garras da ditadura cubana), o decrépito Raul Castro, para arrotar macheza e pretender dar um corretivo no presidente da maior democracia representativa do mundo sobre a violação de direitos humanos em Guantánamo, sem referir uma linha sobre o que se passa em Cuba - onde 10.000 presos políticos são torturados, seviciados e levados à extenuação e morte nos calabouços de seu governo ditatorial, como foi o célebre e recente caso do anunciado fim do antropólogo e jornalista Guillhermo Farinas... Só podia ser uma presidente do Brasil - terra do absurdo e da Jaboticaba. Como diz Reinaldo Azevedo referindo-se a Chico Buarque de Hollanda, ela fala grosso com o governo americano (bem longe de sua presença, é claro) e, fino com o governo autoritário de Cuba. Não é engraçado como os esquerdistas parecem entrar numa espécie de estado de gozo e euforia quando estão na presença dos tiranetes que foram seus ídolos? Esquecem da democracia e dos votos que receberam , soltam os bichos e deixam sair de si o proto-ditador que se esconde em sua alma! Pergunto: o governo petista pode arrotar lições de moral sobre direitos humanos? O que sucedeu aos pugilistas cubanos que pediram asilo no Brasil nos jogos Pan-americanos dá uma ideia do que realmente pensa um governante petista sobre o assunto. De qualquer forma, em comemoração à visita de Dilma a Cuba, vamos lembrar o velho clássico do cancioneiro popular brasileiro sobre as excelências de Cuba sob o tacão dos seus gerontrocratas. Música, maestro! "O Brasil vai lançar foguete/ Cuba também vai lançar/ O Brasil vai lançar foguete/ Cuba também vai lançar/ Se Cuba lança, se Cuba lança/ Quero ver Cuba lançar! Se Cuba lança, se Cuba lança/ Quero ver Cuba lançar!..." Quer saber sobre o sufuco de viver em Cuba? leia o blog da Yoani Sánchez, Generation Y. Entre neste link: http://desdecuba.com/generaciony_pt/ Quer saber como o governo cubano levou Guillhermo Farinas à morte no cárcere? Comece por aqui: http://www.geledes.org.br/atlantico-negro/afrolatinos-caribenhos/cuba?start=19

quarta-feira, 25 de janeiro de 2012

O governador e o assassino - ou: quando o oportunismo anda sobre cadáveres...

O governador e o assassino - ou: quando o oportunismo anda sobre cadáveres... Tarso Genro, governador do Rio Grande do Sul, acaba de receber no Palácio do Piratini, o assassino que, como Ministro da Justiça, ajudou a ficar impune. Trata-se de Cesare Battisti, terrorista, assassino perigoso, frio e sanguinário condenado à cadeia pela justiça italiana, em virtude da responsabilização pelo violento assassinato de quatro cidadãos italianos. O Brasil tem um tratado de extradição com a Itália, o qual, através de Genro e o então presidente da república, foi pisado para proteger o bandido que dizem pertencer a uma suposta agremiação terrorista italiana (algo como o outrora célebre "Comando Vermelho"). E tal medida, recorda-se, resultou na humilhação do governo italiano, já que a principal alegação, propalada aos quatro ventos pelo ministro da justiça brasileira, não passa de uma mentira agressiva e grosseira: a de que Cesare Battisti era vítima de perseguição política em seu país natal, como se naquele país não vigorasse o Estado de Direito e ele não tivesse sido condenado por um juiz togado mediante o devido processo legal. E sobre esta mentira, assentou-se outra: a oferta de asilo político ao facínora, à vista da suposta - porém, inexistente - ameaça. EViu-se materializar no Brasil aquilo que se diz sobre a nossa história, desde que o Brasil é colônia - que o nosso país é o território de bandoleiros foragidos e de um governo cujo comportamento se nivela aos de uma republiqueta de bananas. Mas, quanto ao comportamento do governador do Rio Grande do Sul em relação ao seu pupilo, fica-se com a impressão de que, noves fora a emulação paranoica contra o governo italiano - legitimamente constituído e assentado num regime democrático, o advogado e poeteiro Tarso Genro projeta algumas de suas fantasias autoritárias na pessoa do assassino Battisti. Tenho a impressão de que, além disso, parece atrair Battisti para perto de si para reivindicar junto à comunidade militante da esquerdopatia nacional o reconhecimento pelo feito monumental de converter um criminoso numa espécie de vítima do governo de um país democrático, mediante o uso da máquina administrativa do governo brasileiro. E tal e repugnante atitude parece também numa espécie de vaidosa piscadela para a galerinha de toda a esquerdopatia brasileira e latino-america, com o seguinte recado subliminar: “aprendam comigo. Respeitem o mestre!”. Dizem que Battisti até deu uma repaginada no visual homicida, para a oportunidade. Sei... Se continuar neste embalo, esta história de saudação e abraço acaba em beijo na boca! Tá na moda, né? Mas, vejam só: no perfil de Cesare Battisti na Wikipédia, o meliante é qualificado como... escritor. Pois é: um escritor que fez história matando com muita violência quatro inocentes e deixando uma vítima paraplégica viva, para testemunhar seus feitos! Aparelham até Wikipédia... O tratado de extradição firmado entre o Brasil e a Itália você encontra neste link: http://www.conjur.com.br/dl/tratado-extradicao-brasil-italia.pdf E a decisão final do STF sobre a extradição do assassino Cesare Battisti você pode ler aqui: http://profbadaro.blogspot.com/2010/04/integra-do-acordao-cesare-battisti-dje.html E aqui você lê um comentário do renomado doutrinador Celso Bandeira de Melo sobre a decisão do STF: http://blog.opovo.com.br/pliniobortolotti/cesare-battisti-decisao-do-stf-e-chocante-e-ilogica-diz-o-jurista-celso-bandeira-de-mello/ Mais opinião abalisada, do renomado penalista Damásio de Jesus, você acessa por aqui: http://www.migalhas.com.br/mostra_noticia_articuladas.aspx?cod=128006 - Nem sei como achei motivação para escrever sobre as estultices deste país muito grande e de gente tão sem vergonha!

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Per capita - tanka

Per capita - tanka

salário mínimo: R$ 622,00
"auxílio bandido": R$ 915,05
mensagem subliminar

um país muito, muito grande
gente muito sem-vergonha

Despedida - Tanka

Despedida - Tanka

sensação do pleno
aquosa impressão que vem --
do que não se tem

por agora ou enfim
o vício livre de mim

Terneiro mamão - tanka

Terneiro mamão - tanka

a fazendeira ri
bezerro firme na teta
que não larga mais

bezerro velho e lambão
virou terneiro mamão

quinta-feira, 24 de novembro de 2011

Ambientalistas, atores da Globo e a canalhice em torno da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Ambientalistas, atores da Globo e a canalhice em torno da construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Ambientalistas e atores se juntaram para produzir uma campanha televisiva contra a construção da usina hidrelétrica de Belo Monte.

Distorcem e decuplicam os números sobre o impacto e repercussão ambiental resultante da construção de Belo Monte. Inventam sobre suposta ameaça a determinada comunidade indígena - cujas terras estão muito distantes do local da construção da tal hidrelétrica.

Ignoram completamente o fato de que a construção de Belo Monte é motivo de longa reivindicação dos mato-grossenses e produtores rurais da região e, vai significar, a curto prazo, uma dramática aceleração no desenvolvimento da região - que vai repercutir até mesmo nos estados vizinhos, pertencentes à região amazônica, e assim vão indo, quando a questão se transforma, sem mais nem menos, em pretexto para falar sobre... a redação do novo Código Florestal, que foi conduzida pelo deputado Federal Aldo Rebelo, do PCdoB e o qual, afirmam, no entanto, representar exclusivamente o interesse da vilipendiada classe dos produtores rurais.

Desprezam completamente e mentem sobre a redação e as previsões do novo Código Florestal, dizendo dele, o que dele não consta. É o caso da tal da anistia aos proprietários rurais que desmataram florestas ilegalmente e a suposta autorização para o desmate de matas ciliares - que, simplesmente inexistem, havendo, muito pelo contrário, previsão de obrigação de reflorestamento e de fixação de limites mínimos para a conservação de mata ciliar.

É exatamente assim: a pretexto de fazer campanha em favor da preservação ambiental, mentem descaradamente sobre a realidade da legislação ambiental proposta.

E, mal começam a abrir a boca, já se sabe a quem querem atingir: a classe dos produtores rurais brasileiros - hoje, a mais respeitada pela competência (já que transformaram, sem subsídios governamentais, o Brasil na maior potência agropecuária do mundo) e a mais temida, em termos de concorrência (pois sabem que o resultado positivo da balança comercial brasileira sempre foi creditada à produção dos homens do campo), que em dia algum se manifestou contra a atualização da legislação ambiental do país - que o diga a Senadora Kátia Abreu, presidente da Confederação Nacional da Agricultura - que foi madrugadora e líder, em tal empreitada.

Desprezam solenemente o fato de que a ocupação urbana e rural do solo tem uma história consolidada de 500 anos e, que, em certas circunstâncias, certas regras devem ser mitigadas, favor da justiça.

Fazem questão de esquecer que, em nenhum país do planeta existe uma proposta considerada tão avançada de conservação da natureza (que eu, pessoalmente, acho que chega a ser estúpida, tendo em vista a necessidade de ocupação de determinadas regiões do país - especialmente, a região norte - ditada até mesmo pela política de segurança nacional, o desenvolvimento do país e a demanda de alimentos mundial).

Fazendo isto, os babacas da moda - que não costumam jamais perguntar quem são, onde e como vivem aqueles que produzem o alimento que chega dia e noite às suas meses - posam de moderninhos. Mas, na prática, revelam suas mentalidades e caras de pessoas ignorantes, reacionárias e preconceituosas.

Sabe-se que a oferta de energia elétrica - desde a revolução industrial, está intimamente ligada ao desenvolvimento econômico - do qual decorre o desenvolvimento social. Por mais que se queira negar neste fim-de-mundo que é a América Latina, cada vez que alguém abre tem uma boa ideia, abre uma empresa e fica rico, provoca um ciclo virtuoso de fluxo de trabalho e riqueza, que reflete em desenvolvimento social (isto, se o Estado não atrapalhar ou, inviabilizar a atividade empresarial, com a super taxação de impostos).

O que está no fundo do pensamento que resultou nesta campanha, suspeito, é a mentalidade reacionária dessa gente folgada do litoral, que não aceita o progresso, qualquer que seja a sua natureza - muito em especial, o desenvolvimento e enriquecimento dos estados da região centro-oeste, que são hoje o celeiro do mundo (tal e qual a profecia de Dom Bosco) e, norte, cujas populações não imaginam outro futuro senão sua associação a projetos estúpidos (para os brasileiros e nortistas), gerados em outras países, cujo estilo de vida e desenvolvimento econômico se situa muito próximo daquele que viveram os… Neandertais!

Catar frutinha? Coquinho? Sementinhas para fazer colares? Isto já faziam os Neandertais...

Porque os caras não deixam suas profissões e vão para o paraíso, viver disso?

Sem oferta de energia elétrica, não há desenvolvimento possível. E com oferta perene de energia elétrica, a revolução agrícola do Brasil não para. É isso que assusta essa gente reacionária.

Nos dias que correm, a técnica agrícola que serviu para desenvolver o centro-oeste e alimentar o mundo, já avança pelo sul do Pará, Maranhão e Piauí. Ainda bem, que os agricultores chegaram antes dos ambientalistas, do contrário, os “povos do centro-oeste” estariam relegados à cata de pequi, cagaita e cajuzinho do mato.

Graças à coragem, tino e desenvoltura de seus agricultores e homens de (pequenos ou grandes) negócios, o Estado de Goiás, por exemplo saiu do lugar de um dos mais pobres estados do país, na década de 60, para a oitava economia nacional, nesta década, vindo os estados do mato grosso e mato grosso do sul, na mesma batida de crescimento consistente (sem essa de "sustentável") e acelerado!

Fazendo o papel que fazem nestas campanhas - que atendem aos interesses de países como os EUA, que querem frear a todo custo,o nosso desenvolvimento agrícola (do qual resultam os únicos itens que revertem em acúmulo contínuo de dólares na nossa balança comercial com o exterior) podem até passar por inocentes úteis - na prática, todavia, o que fazem é uma canalhice contra o desenvolvimento regional do nosso país.

Para desenvolver a agricultura regional nos dias que correm, é fundamental a oferta de energia elétrica. Se ao contrário, o que se pretende é acorrentar as populações do Brasil interior ao atraso da subsistência, então o caso é mesmo de proibir a construção de hidrelétricas - e atacar a aprovação de uma lei considerada absurdamente conservacionista.

De fato, a atividade de coleta de víveres é tão primitiva que pode ser feita apenas com as mãos.

Só não entendo porque os ambientalistas não partem uma ação decisiva – passando da teoria à prática – e abrem mão de suas casas na cidade, suas Land Rovers, Notebooks e smarphones - produtos da degeneração do desenvolvimento tecnológico agressor da natureza e, sempre calcado na desumanidade do lucro - e vão viver nos grotões da Amazônia, catando coquinho, frutinha, sementes e essenciazinhas para a "Natura" e "O Boticário", se esta é a coisa a fazer, em termos de conservação ambiental!